Concerto previsto para Matosinhos teve de ser transferido para a Casa da Música, que encheu os seus dois auditórios.
De cada uma das duas vezes em que, no sábado, 13 de junho, se escutaram os acordes festivos de “Liquid Spirit”, a Casa da Música levantou-se para dançar a bater palmas ao ritmo de uma das mais conhecidas músicas de Gregory Porter, o cantor norte-americano que protagonizou um dos momentos altos da programação cultural de Matosinhos deste ano. Porter cantou durante cerca de duas horas, num concerto em que contou com o brilhantismo dos músicos do quarteto que habitualmente o acompanha e com o fundo sonoro da Orquestra Sinfónica do Porto, mas no qual também se destacaram os solos de Gileno Santana, um dos trompetistas da Orquestra Jazz de Matosinhos.
Devido ao mau tempo e à muita chuva que caiu no sábado, o concerto, previsto para a Praça Guilermina Suggia, acabou por ter de ser transferido para a Casa da Música, que coproduziu o espetáculo com a Câmara de Matosinhos. Mas o “Liquid Spirit” de Porter demonstrou ter bem mais força do que a invernia: os 1239 lugares da Casa da Música esgotaram em 12 minutos. Com a sala Suggia esgotada, a organização acabou por transmitir o concerto para a sala 2, onde estavam mais 300 pessoas (e muitas mais estariam se mais espaço houvesse).
O concerto serviu para que se escutassem, numa versão completamente nova, vários temas do repertório de Gregory Porter, não apenas do disco “Liquid Spirit”, que em 2014 lhe valeu o Grammy para Melhor Álbum de Jazz Vocal, mas também de “Water” e de “Be Good”, os seus trabalhos anteriores. Na plateia, refira-se, estiveram o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, e os vereadores Fernando Rocha, Correia Pinto, Joana Felício e Lurdes Queirós.
O concerto, descrito no Jornal de Notícias com o adjetivo “monumental”, contou com a direção musical do maestro Pedro Neves e arranjos sinfónicos de W. Friede, M. Fondse e T. Trapp. A receita resultou em cheio.