Autarquia organizou debate sobre o futuro desta linha ferroviária
A Câmara Municipal de Matosinhos e a associação Comboios XXI promoveram na sexta-feira, dia 30 de setembro, um debate sobre a necessidade de reativar a linha ferroviária de Leixões para o transporte de passageiros. A discussão da medida, várias vezes reclamada pela autarquia, juntou no auditório da Biblioteca Municipal Florbela Espanca o vereador da Mobilidade, José Pedro Rodrigues, os arquitetos Jorge Pereira e Nuno Gomes Lopes, e o maquinista António Alves.
Este debate teve como principal objetivo dar inicio a uma discussão pública sobre a possibilidade de concertar esforços entre os cinco municípios beneficiados pela reabertura da linha ao serviço de passageiros, analisando as necessidades de investimento e o desenho que melhor serviria as populações.
A reativação do serviço de passageiros da Linha de Leixões permitiria beneficiar o transporte intermodal no Grande Porto, uma vez que cruza todas as vias estruturantes do Norte do país (A28, A4, A3, VRI, N13, N14), importantes núcleos habitacionais da Maia, Valongo e Matosinhos, o pólo universitário da Asprela, no Porto, o Porto de Leixões e as plataformas logísticas intermodais, património e parques ambientais do Rio Leça, linhas e estações da rede de metro e 10 linhas da STCP, importantes unidades industriais e centros empresariais com milhares de trabalhadores.
O serviço ferroviário de passageiros na Linha de Leixões foi, recorde-se, interrompido em 1966 e reinaugurado em Maio de 2009, mas apenas entre Ermesinde e Leça do Balio (10,6 kms), passando por S. Gemil, Pedrouços e Leça do Balio (num percurso de 16 minutos). Acabou, por isso, por ser novamente interrompido por falta de procura, apesar de estimativas da CP/Refer apontarem para que, utilizando a totalidade do percurso (19 kms), a linha serviria 2,9 milhões de passageiros/ano, com 2 comboios/hora.
