Festival de Literatura de Matosinhos apresentado na Feira do Livro de Madrid
Matosinhos viajou com o seu Festival de Literatura para Madrid.
O LeV - Festival de Literatura em Viagem, foi convidado para participar na Feira do Livro de Madrid, que decorreu entre 26 de maio e 11 de junho, e esteve no Pavilhão de Portugal participando numa mesa redonda com outros festivais de literatura portugueses, como o Correntes d’Escritas, da Póvoa de Varzim, o Folio Festival, de Óbidos, e o FIC- Festival Internacional de Cultura, de Cascais.
A apresentação do LeV decorreu no passado fim de semana, tendo como objetivo a divulgação deste Festival de Literatura que a Câmara Municipal de Matosinhos iniciou já há 12 anos.
Nela, foi possível explicar e contextualizar que mercê da relação de Matosinhos com o mar e o crescente interesse turístico gerado pela nossa gastronomia, arquitetura e forte programação cultural, a escolha da Viagem como mote para um festival literário acabou por ser natural. Nasceu assim, o LeV - Literatura em Viagem. Porque, como diz Eduardo Lourenço, “mais importante que o destino é a Viagem”.
Ao longo dos anos, o LeV soube viajar pelos cinco continentes, à boleia de mais de três centenas de escritores, pensadores, ilustradores, músicos e arquitetos. Um festival que soube conquistar um público fiel, que todos os anos lota as salas da Biblioteca e Galeria municipais, afirmando-se como um dos mais importantes eventos literários do país.
A apresentação do Lev em Madrid referenciou ainda alguns dos nomes que já participaram até agora no festival, entre eles, o italiano Claudio Magris, um eterno candidato ao Nobel; o moçambicano Mia Couto, laureado com o Prémio Camões e Neustad; a argentina Leila Guerriero, vencedora do prémio Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano; o inglês Howard Jacobson, vencedor do Man Booker Prize em 2010; o também inglês David Mitchell, nomeado para o Man Booker Prize; a tão portuguesa, quanto espanhola, Pilar del Rio; o norte-americano Paul Theroux, um dos expoentes máximos na literatura de viagens; a canadiana Rachel Cusk, uma das finalistas do prémio Whitbread.
Foi dada ainda ênfase ao facto de todos os anos fazermos questão de alimentar a nossa relação com os países de expressão hispânica, contando para isso com autores de Espanha e quase toda a América Latina como o hispano-chileno Luís Sepúlveda, os nuestros hermanos Ricardo Menéndez Salmón, e Andrés Barba, entre muitos outros de que se poderiam falar.
Por fim, foi revelado o papel do LeV no acolhimento e na promoção de jovens escritores dos países membros, que além de participar no LeV, escrevem sobre Matosinhos, tendo sido dado a conhecer que estes textos são posteriormente traduzidos e publicados em jornais e publicações de referência.
Sendo um dos principais focos do LeV o fomento e a promoção da leitura, há já vários anos que é desenvolvido um programa paralelo, exclusivamente dedicado às escolas do concelho, que desenvolve sessões com escritores e ilustradores.
O LeV é literatura, autores, livros. Mas é também uma viagem por outras formas de expressão artística. Em todas as edições do festival, acolhemos uma ou mais exposições, que completam, gráfica e visualmente, a reflexão sobre os temas discutidos nas mesas de debate. Fotografia, ilustração e muito mais dão a conhecer aos leitores uma visão distinta do mosaico das viagens.
Saliente-se que Portugal foi o país convidado de honra desta Feira do Livro de Madrid, uma das mais importantes do mundo.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve com os Reis de Espanha na inauguração do certame onde estiveram também presentes vários autores portugueses, de que são exemplo, Eduardo Lourenço, que fez a conferência inaugural.
Mais de 55 escritores portugueses estiveram entre 26 de Maio e 11 de junho na 76 ª edição da Feira do Livro de Madrid.
Pilar del Río, viúva de José Saramago e presidente da fundação do escritor, recebeu o prémio luso-espanhol de Arte e Cultura.
Sob o tema Caminos de la literatura, a presença portuguesa foi uma organização do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e do ministério da Cultura, com a Embaixada de Portugal em Madrid como pivot — o delinear da programação contou com o trabalho da Livraria Ler Devagar/Sociedade Vila Literária de Óbidos.
Refira-se, a título de curiosidade, que a indústria espanhola de livros é a quarta maior do mundo, logo a seguir aos Estados Unidos, Reino Unido e França.
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