Fundação Saramago assistiu a lançamento do livro “Olhares sobre a História da Música em Portugal” e a debate sobre os conflitos do século XXI.
Terminou em Lisboa, no auditório da Fundação Saramago, a edição de 2015 do festival Literatura em Viagem. Este ano, e pela primeira vez, o LeV saiu de Matosinhos e viajou até à capital, onde o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, presidiu à sessão de lançamento do livro “Olhares sobre a História da Música em Portugal”, editado pela autarquia em colaboração com a editora Verso da História. Um debate entre os escritores Rui Cardoso Martins e Dulce Maria Cardoso encerrou o LeV – até ao próximo ano.
A sessão, em que também marcaram presença o vereador da Cultura, Fernando Rocha, a presidente da Fundação Saramago, Pilar del Río, e a editora Bárbara Bulhosa, ficou marcada pelos rasgados elogios do musicólogo Rui Vieira Nery à aposta persistente e consistente da Câmara Municipal de Matosinhos na programação, divulgação e criação musical, sublinhando ainda que o livro agora lançado, resultante de um conjunto de conferências, vem preencher uma lacuna importante no conhecimento da música nacional, já que as duas histórias da música portuguesa existentes estão desatualizadas e indisponíveis.
Coordenado por Jorge Alexandre Costa, “Olhares sobre a História da Música em Portugal” conta com textos de Manuel Carlos Brito, Rui Vieira Nery, Paulo Ferreira de Castro, Manuel Pedro Ferreira e Luísa Cymbron, oferecendo uma leitura abrangente e articulada das diferentes épocas da história da música erudita produzida e rececionada em Portugal. Os cinco autores estiveram presentes na sessão.
No que concerne à literatura, o último debate do LeV juntou dois autores premiados, Dulce Maria Cardoso e Rui Cardoso Martins, os quais procuraram pistas sobre os conflitos do século XXI e concordaram que as tensões existentes, seja em Portugal ou na bacia do Mediterrâneo, acabam por se refletir na ficção que produzem.