11.12.12
Presidente da Câmara marcou presença na sessão de apresentação a cargo de Júlio Magalhães.
Dois anos depois do sucesso de «Lendas do Porto», resultado das crónicas que Joel Cleto foi escrevendo na revista «O Tripeiro», o autor viu ontem ser lançado o seu segundo tomo, intitulado «Lendas do Porto, Vol. II», na Biblioteca Municipal Florbela Espanca. Este segundo volume, editado pela Quidnovi, conta com fotografias do reconhecido fotógrafo portuense, Sérgio Jacques.
A sessão contou com uma plateia de cerca de 100 pessoas, tendo decorrido com a presença do Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto, que classificou o autor como “um encantador de serpentes”, do Vereador da Cultura, Fernando Rocha, que enalteceu a amizade e o trabalho realizado pelo autor ao longo de várias décadas em prol de Matosinhos e da sua história, de Sérgio Jacques, autor das fotografias que integram o livro, e do jornalista Júlio Magalhães, a quem coube falar do livro.
Esta atividade, promovida pela Câmara Municipal de Matosinhos em parceria com a Quidnovi, integra a “Promoção do Livro e da Leitura”, projeto que visa criar condições que proporcionem a aproximação e o contacto direto entre autor e público, promovendo a troca de informação, de sensibilidades e experiências.
O segundo volume de «Lendas do Porto» dá a conhecer mais duas dezenas de histórias tradicionais da região, não abdicando de uma análise crítica que não só explica o que nelas é inverosímil, mas que valoriza também o que nelas há de credível. Do povo que habitava há mais de dois mil anos o Monte da Senhora da Saúde, de que se perdeu a memória, até aos surpreendentes materiais de construção utilizados por Siza Vieira na Casa de Chá da Boa Nova, o leitor encontrará também, ao longo das páginas deste livro, as lendas que justificaram a relação da cidade com os seus três santos padroeiros, o motivo da associação do Futebol Clube do Porto ao dragão, a explicação de topónimos como Vitória e Campanhã. E porque o Porto é um território comum de Identidade, de Memória e de Património(s), de uma comunidade que não se confina ao espaço definido pelo rio Douro e pela Estrada da Circunvalação, as lendas que explicam a construção da igreja de Matosinhos, o reflexo da peste negra nas margens de Gaia, ou a origem das Águas Santas da Maia, juntam-se às suas congéneres portuenses, à mistura com tesouros até hoje escondidos, belas mouras encantadas, misteriosas deslocações de igrejas…
Arqueólogo de formação, Joel Cleto nasceu no Porto (Vitória) em 1965. Licenciado em Historia (1987) e Mestre em Arqueologia (1994) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, foi creditado pela Universidade do Minho como Formador de Professores nas áreas da Historia e Arqueologia (1997). Faz parte desde 1987 dos quadros da Câmara Municipal de Matosinhos onde, entre outros, esta ligado a criação do Arquivo Histórico Municipal, Gabinete Municipal de Arqueologia e Historia, Museu da Quinta de Santiago e Rede de Museus de Matosinhos. Dirigiu escavações arqueológicas em Baião (monumentos megalíticos), no centro histórico do Porto, e no concelho de Matosinhos (estacões arqueológicas da Idade do Ferro, de época romana, e da Idade Media). Colabora regularmente na Comunicação social, possuindo desde 2006, no estacão televisiva Porto Canal, um programa semanal dedicado às questões da Historia e Património. Estas mesmas temáticas estão na origem de diversas conferências e comunicações que apresentou em congressos e seminários em Portugal e no estrangeiro, sendo também autor de diversos livros e artigos publicados em revistas da especialidade e na imprensa periódica. Colabora na revista “O Tripeiro” desde 1986, tendo-se tornado colaborador regular em 2008, assegurando desde então uma rubrica mensal dedicada às lendas da região do Porto. São esses artigos que se reúnem neste livro.
Conteúdo atualizado em11 de dezembro de 2012às 17:03
