Numa cidade grande, o ritmo trepidante do quotidiano oblitera a natureza e os gestos mais conviviais da vida em sociedade. Morre-se cada vez mais só, é certo, e também mais distante dos gestos essenciais. Talvez seja necessário, por isso, resgatar as coisas mais simples, as mais humildes tarefas humanas e a tranquilidade suficiente para “olhar a morte nos olhos, servir-lhe uma sopa quente e dar-lhe a mão”.
“Kitsune”, a mais recente criação do Teatro de Marionetas do Porto, em coprodução com o Cine-Teatro Constantino Nery, parte destas premissas para uma reflexão sobre a morte e o ciclo natural que a ela conduz. Com estreia marcada para o dia 14 de abril, às 21h30, no Cine-Teatro Constantino Nery, o espetáculo pretende, porém, ser um elogio à vida e ao reencontro com as coisas essenciais: humanas.
Partindo de um conto de Júlio Vanzeler – que assina também a encenação e a cenografia, em parceria com Rui Queiroz de Matos) – “Kitsune” reflete sobre a morte, mas também, e inevitavelmente, sobre o ciclo natural que a ela conduz: o brincar, o amar, a possibilidade de viver e recordar sem arrependimentos.
O espetáculo estará em cena até ao dia 17 de abril.
Kitsune
Encenação e cenografia – Rui Queiroz de Matos e Júlio Vanzeler
Marionetas e ilustração – Júlio Vanzeler
Figurinos – Patrícia Valente
Música – Pedro Cardoso
Desenho de luz – Filipe Azevedo
Interpretação – Micaela Soares, Rui Queiroz de Matos e Vasco Temudo
Produção – Sofia Carvalho
Design gráfico e assistência de produção – Pedro Ramos
Operação de luz e som – Filipe Azevedo
Técnicos de construção – João Pedro Trindade e Rosário Matos
Fotografia de cena – Susana Neves
Coprodução Teatro de Marionetas do Porto / Cine Teatro Constantino Nery
M/12
