A peça de teatro inspirada na cantora hippie Janis Joplin regressa ao Cine-teatro Constantino Nery em Setembro.
A norte-americana Janis Joplin morreu em 1970 com apenas 27 anos, vítima de uma overdose de heroína e álcool. “Janis e a Tartaruga” conta a história de uma jovem que sai de casa e, à boleia, percorre os Estados Unidos da América. Pelo caminho, Janis encontra uma série de personagens que retratam a sociedade da época.
O Clube Estefânia, Espaço Escola de Mulheres, em Lisboa, dirigido pela actriz Fernanda lapa, recebeu, de 12 a 15 de Agosto, o espectáculo “Janis e a Tartaruga”, uma co- produção do Cine-teatro Constantino Nery.
Com interpretação de Carla Galvão, a peça, da autoria de Pedro Pinto e Filipe Pinto, integrou o Festival de Monólogos “Cabeças Falantes”, tendo sido um sucesso junto do público.
Carla Galvão regressa a um espectáculo a solo depois do premiado “Contos em Viagem Cabo Verde”. Além de Janis Joplin, a actriz interpreta todas as outras personagens com quem a protagonista se vai cruzando.
Recorde-se que “Janis e a Tartaruga” estreou no Cine-Teatro Constantino Nery a 11 de Março de 2009 e participou no IV Circuito de Teatro Português em S. Paulo (Brasil). A pedido do público regressará ao Cine-Teatro Constantino Nery de 2 a 4 de Setembro de 2010.
Uma visita à década de 60 a partir do ícone Janis Joplin…
“Janis é uma jovem à boleia pelas estradas de um país em mudança. A força interior que a acompanha nesta viagem é apenas um reflexo de uma geração que incorporou a mudança social como o maior dos desejos colectivos.
Janis é a voz de uma juventude que procurou encontrar-se a si própria através do excesso e que procurou na diferença um manifesto para a auto-afirmação. O espaço-tempo desta peça encontra frente-a-frente as drogas e a libertação sexual, a música rebelde e os sentimentos anti-guerra, a luta anti-racista e o alcance de uma existência mais verdadeira.
Muitos verão em Janis a figura lendária de Janis Joplin. Outros sentirão que aquela que caminha é apenas uma entre muitos jovens que decidiram fazer frente a uma América que colocou tartarugas lentas no caminho.
“Janis e a Tartaruga” não é uma biografia. É apenas, de alguma forma, uma visita à geração dos sessenta.
Ficção, monólogo, uma rapariga, uma tartaruga... e outra que aparece no lugar de cada um de nós.”
Texto - Pedro Pinto e Filipe Pinto
Encenação e Figurinos - Luísa Pinto
Direcção Musical e Canção Original - Carlos Tê
Interpretação - Carla Galvão
Teclados e Arranjos Musicais - Miguel Ferreira
M/ 16 anos