A exposição está patente ao público até ao dia 24 de agosto na Galeria Municipal
No âmbito das comemorações dos 50 anos da Fundação da Cooperativa Árvore, a Galeria Municipal da Câmara de Matosinhos juntamente com a Cooperativa Árvore apresentam uma exposição retrospetiva de Jaime Isidoro, intitulada “Jaime Isidoro - Memórias Recortadas. Um Experimentador Insaciável”. A inauguração decorreu na sábado, dia 22 de junho pelas 16 horas, e contou com a presença do Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto, e do Vereador da Cultura, Fernando Rocha.
Esta homenagem promovida pela Câmara Municipal de Matosinhos conta com cerca de 80 trabalhos realizados ao longo dos 63 anos da sua carreira artística (1945-2008). O filho do artista, Daniel Isidoro, é o comissário da exposição.
No catálogo desta exposição, Bernardo Pinto de Almeida escreve: “Na verdade, Jaime Isidoro foi, nessa sua múltipla presença, um ser excecional quando visto face a um qualquer contexto seu contemporâneo mesmo europeu. Dele então se poderia dizer, com acerto, que foi um herói modernista. Foi figura ímpar de um heroísmo boémio que ficou muito mais a dever àquela tradição da modernidade europeia, eclética e experimentalista, da arte como da vida, do que aos mais tardios purismos da escola americana, que não chegou verdadeiramente a conhecer, e com que jamais se poderia identificar por natureza sua, estranha a disciplinas normativas.
Foi primeiramente um herói porque a sua atividade cultural se dispersou sempre por muitas frentes, todas elas ricas de investimento e consequência e, depois, também porque a sua personalidade, igualmente rica e controversa, dificilmente poderia ter sido bem aceite no seu próprio tempo na plenitude da sua expressão, e sobretudo festejada como tal, se os magros hábitos da cultura em Portugal desde sempre tiveram dificuldades em lidar com aqueles que lhe trazem o que é, no essencial, verdadeiramente diverso e novo.”
Jaime Isidoro nasceu a 21 de março de 1924 e faleceu no Porto a 21 de janeiro de 2009. Destacou-se como galerista, colecionador de arte e grande divulgador de arte nomeadamente através da Galeria Alvarez que fundou na década de 50 do séc. XX.
Esteve sempre ligado a momentos fundamentais da história das artes plásticas no Porto e no país. Interessado pela concretização de projetos culturais inovadores, promoveu os Encontros Internacionais de Arte nos anos '70 e editou no mesmo ano a Revista de Artes Plásticas, no qual participaram os principais críticos de arte e artistas da época. Em 1978, fundou a Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, que viria a torna-se na principal Bienal de Arte do país, registando este ano a sua 17ª edição.
Esta exposição está patente na Galeria Municipal até ao dia 24 de agosto. A entrada é livre.
Horário da Galeria:
2ª a 6ª feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30
Sábados e feriados das 15h00 às 18h00
Encerra aos domingos
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