O Museu da Quinta de Santiago acolheu ontem, dia 28 de maio, a apresentação do Jornal da exposição Cólofon – 500 Capas de Livros Portugueses.
Nesta apresentação, que se pretendeu ser uma conversa informal e tranquila, de acordo com o local escolhido – a esplanada do Museu, enquadrada pelos vastos jardins da Quinta de Santiago, estiveram presentes José Bartolo, Bernardo Pinto de Almeida e Inês Nepomuceno.
A conversa iniciou-se com as palavras de um dos curadores da exposição – José Bártolo – que destacou a qualidade da mostra, contextualizando aos presentes a génese desta recolha e seleção de capas de livros portugueses, como um percurso pela história do design gráfico, no contexto nacional, aplicado ao “livro de prosa ficcional (novela, conto e romance) em detrimento do livro de poesia, do ensaio ou do catálogo expositivo, que tendem a ter um tratamento gráfico distinto”. Destacou também, a valência do espaço escolhido – o Museu – proporcionando um toque intimista e afetivo com o visitante.
Seguidamente Bernardo Pinto de Almeida, remeteu-nos para um enquadramento histórico e artístico necessário também à compreensão da exposição. As razões que levavam os artistas a colaborar com as editoras, o contexto internacional que permitiu o desenvolvimento das artes gráficas e paralelamente os constrangimentos que levaram também a uma procura de soluções na divulgação artística.
Relativamente ao jornal, e mais do que uma folha de sala da exposição pretende-se que este elemento seja também um objeto de memória, como referiu a designer Inês Nepomuceno, responsável pelo design gráfico da exposição. A escolha do formato reveste-se de uma importância também comunicacional, pois permite o destaque e o enfoque de capas exemplificativas dos diferentes períodos em que esta exposição de desenrola – de 1900 a 1999.
Para os que haviam já visitado a exposição, esta conversa revestiu-se de grande importância uma vez que, foi sintetizado todo o contexto em que foi concebida, e para os que ainda não o haviam feito, foi um excelente motivo para o fazerem.
Reconhecido por todos o valor da exposição, desejou-se que ela pudesse viajar por outros pontos do país, uma vez que é uma mostra inédita, e que suscita o interesse não só de estudiosos, mas também do público em geral.