A fachada do Cine-teatro Constantino Nery foi o cenário do espetáculo que deu o tiro de partida para a segunda edição do festival de teatro “Cena Contemporânea de Matosinhos em Português”.
“Multivozes”, uma leitura de poemas protagonizada pelo ator António Durães, inaugurou a programação do primeiro dia o festival. Já no interior do Cine-teatro Constantino Nery, mais concretamente no foyer, foi inaugurada a exposição “Rostos Suspensos”, que apresenta máscaras da autoria de Delfim Miranda e poemas de João Maria André.
De Cabo Verde chegaram as mornas ao piano de Teté Alhinho que aqueceram a plateia. A cantora cabo-verdiana apresentou ao vivo temas do seu último trabalho discográfico “Mornas ao piano” que presta uma homenagem a um outro artista cabo-verdiano Bana (1932-2013), influência musical nos seus tempos de juventude em que seguia as emissões da Rádio Barlavento.
A assistência contou com a presença do Vereador da Cultura, Fernando Rocha, da presidente da Assembleia Municipal, Palmira Macedo, do presidente da União de Freguesia de Matosinhos- Leça da Palmeira, Pedro Sousa, da diretora artística do festival e do Cine-teatro Constantino Nery, Luísa Pinto, entre muitos outros convidados da área da cultura.
O “Cena Contemporânea de Matosinhos em Português” nasceu com o objetivo de promover o teatro e as artes performativas em língua portuguesa, nas suas vertentes mais diversas e vanguardistas, assumindo o idioma e os espaços da lusofonia como um motor de diálogo intercultural e de troca de experiências.
Até 30 de setembro há muito para ver e ouvir em Matosinhos. Para além dos espetáculos de teatro, dança, música, documentários, espetáculos de rua, ainda espaço para o cruzamento de disciplinas, encontros entres criadores, lançamento de um livro de Teatro, uma exposição de Máscaras, oficinas e debates sobre novas dramaturgias, a escrita de palco e as políticas de intercâmbio cultural entre os países de Língua Portuguesa.
Esta edição do “CENA” conta com espetáculos oriundos do Brasil, Cabo Verde, Angola e Portugal.
Aqui fica o programa para o fim de semana no Cine-teatro Constantino Nery:
“Um Fio de Jogo”
18 de Setembro – 21h30 - Sala principal do Cine-Teatro Constantino Nery
Texto Carlos Tê
Encenação Luisa Pinto
Interpretação Pedro Almendra
Produção Cine-Teatro Constantino Nery/Câmara Municipal de Matosinhos
M/12
"Um treinador de futebol, um intelectual/adepto/comentador de televisão, um relator da rádio, um ponta-de-lança brasileiro em fim de carreira, um ator desdobrando-se em quatro personagens que discorrem sobre o fenómeno do futebol, os seus clichés, os seus pequenos mitos que ajudaram à sua implantação planetária como desporto de massas que extravasa a própria condição desportiva. Um passeio pelas fundações subsolares desse fascínio que desafia a racionalidade e suspende a mecânica das classes sociais – uma peça que escava em lugares tão remotos como as tardes mágicas da infância ou as conversas fastidiosas de café."
Debate e Exibição de Documentário P-STAGE – IV Estágio Internacional de Actores (2012 – 2015)
19 de Setembro – 17h00 – Café-Concerto do Cine-Teatro Constantino Nery
Entre 2012 e 2015, a Cena Lusófona desenvolveu, em parceria com o Elinga Teatro (Angola) e a AD – Ação para o Desenvolvimento (Guiné-Bissau), o projeto P-STAGE – IV Estágio Internacional de Atores, com o apoio da União Europeia, no âmbito do programa ACP Cultures. Envolveu mais de 100 jovens atores de seis países de língua portuguesa – Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – e culminou com a montagem e a apresentação do espetáculo “As Orações de Mansata”, de Abdulai Sila.
O documentário de Andrzej Kowalski acompanha todas as fases deste projeto e inclui depoimentos de alguns dos principais intervenientes e imagens recolhidas nos cinco países em que as atividades tiveram lugar: Angola, Espanha, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Realização Andrzej Kowalski
Produção Cena Lusófona
Portugal, 2015 > 80' > M/12
Sal (Teatro do Frio) – Estreia Absoluta
19 de Setembro - 21h30 – Museu Quinta de Santiago
Entendendo a criação como ato universal, SAL estuda no imaginário e corpo da intérprete, Catarina, ecos e projeções do escritor, Mário.
Co-autoria Mário de Sá Carneiro e Catarina Lacerda
Criação e Interpretação Catarina Lacerda
Desenho de som Rodrigo Malvar
Com a cumplicidade Paula Isnard Maracajá e Pedro Filipe Marques
Maratona de Poesia em Português com António Durães
20 de Setembro - 18h00 - 20h00 + 21h00 - 23h00 - Café-Concerto do Cine-Teatro Constantino Nery