O Presidente da Câmara Municipal, Dr. Guilherme Pinto, inaugurou ontem, domingo, dia 14 de Dezembro, pelas 11 horas, no jardim fronteiro ao Mosteiro de Leça de Balio, a escultura D. Fernando I e Dona Leonor Teles, uma obra da autoria da recentemente falecida escultora Irene Vilar.
Estiveram ainda presentes nesta cerimónia o Vereador da Cultura, Fernando Rocha e o Presidente da Junta de Freguesia de Leça do Balio, Francisco Araújo.
O monumento evoca o polémico casamento celebrado entre D. Fernando I e Dona Leonor Teles, ocorrido no Mosteiro de Leça do Balio no ano de 1372. A obra reveste-se de grande importância para Matosinhos: se por um lado se trata de um conjunto escultórico em bronze, representativo de uma cena histórica de referência, contribuindo para o enriquecimento histórico e artístico da zona envolvente do Mosteiro de Leça do Balio, e um valioso contributo para o património de Arte Pública do concelho, por outro lado, consiste na última obra da escultora Irene Vilar, cujos laços profissionais e pessoais com Matosinhos são há muito reconhecidos.
A inauguração deste monumento consiste igualmente num momento de homenagem que a Autarquia presta à Escultora Irene Vilar, tendo feito parte da programação uma celebração religiosa no Mosteiro, presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, e a edição de uma brochura evocativa desta obra e sua autora, contando com textos de Laura Castro, Carlos Marques e José Manuel Varela.
Maria Irene Lima de Matos Vilar nasceu em Matosinhos, a 11 de Dezembro de 1930, tendo vivido nesta cidade até aos 19 anos de idade. Morreu a 12 de Maio de 2008, com 77 anos, vítima de doença prolongada.
Realizou em Matosinhos, de entre muitos outros, uma imagem da Nossa Senhora que está exposta na Igreja da Senhora da Hora,.a escultura de Florbela Espanca (em bronze), a escultura do Padre Grilo (em bronze), o Monumento ao Pescador (em bronze), e a Abel Salazar (bronze). Na Quinta de Santiago podemos encontrar esculturas, expostas no interior da casa, nos jardins e em reservas visitáveis, da autoria dos mestres Barata Feyo (1902-1990), Álvaro Siza, Gustavo Bastos, Ruy Anahory, Lagoa Henriques e Irene Vilar (Mundo – madeira e ferro; Máquina do Suplício – madeira e ferros; Marvão – madeira; Castelo Feudal – madeira e ferros.
