II Ciclo de conferências “Agitar Matosinhos”

 

O auditório da nova EB de Leça da Palmeira recebeu, dia 23 de Abril, mais um dos encontros de cidadania integrados no Ciclo de Conferências “Agitar Matosinhos”.

Esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, pretende ser um espaço de reflexão e de partilha de ideias sobre o futuro de Matosinhos. Percorrendo as dez freguesias do Concelho, o Presidente da Câmara Municipal quer ouvir as opiniões, sugestões e críticas dos cidadãos. No final, os contributos recolhidos servirão de base a uma estratégia de desenvolvimento de Matosinhos.

O turismo e a necessidade de um hotel em Leça da Palmeira, as obras na Praia da Senhora, a falta de uma piscina, a municipalização do estádio do Leça FC, a eventual subida do IMI, a saída do quartel da GNR da Quinta da Conceição, o futuro da esquadra da PSP em Leça da Palmeira, o circuito de manutenção da Quinta da Conceição, o futuro da Exponor e a agregação de freguesias, a demissão do presidente da APDL, foram algumas das questões abordadas pelo público.

A esquadra da PSP deverá ser extinta, uma vez que os números demonstram que o serviço não é utilizado pelos cidadãos. O reforço do policiamento de patrulha nas ruas será uma alternativa, pelo menos, é essa a expectativa da Autarquia. Quanto ao quartel da GNR, deverá manter-se, nos próximos anos, na Quinta da Conceição. “Temo pelo edifício que está a cair. Não temos neste momento alternativa financeira para fazer obras nem para transformar aquele espaço em Museu da Cidade. Estamos em tempo de vacas magras”, frisou.

Em relação à Praia da Senhora, o Dr. Guilherme Pinto esclareceu que um conflito de pareceres entre dois organismos do estado está a impedir que as obras avancem. Apesar de não ser da responsabilidade da Autarquia, o edil comprometeu-se a exercer pressão para que a situação se resolva o mais rapidamente possível.

Relativamente ao estádio do Leça FC, a Câmara Municipal aguarda a resposta do BPN, principal credor do clube, em relação a uma eventual municipalização do recinto. “Tenho pena, porque era um excelente negócio para a Câmara, que tem a obrigação de proporcionar as mesmas condições desportivas a todos os matosinhenses”, disse.

O acidente ocorrido no Porto de Leixões, nomeadamente com os pipelines da Petrogal, foram também motivo de preocupação por parte do público presente. O Dr. Guilherme Pinto garantiu que o corpo ativo dos bombeiros de Matosinhos-Leça e de Leixões tem conhecimento do Plano Municipal de Proteção Civil, publicado há 15 dias em Diário da República e, que, como tal, não há razão para alarmismos. Ainda sobre o Porto de Leixões, lamentou a demissão do presidente da APDL, Eng. Matos Fernandes, dizendo que “o país assiste impávido e sereno ao centralismo” e à “paralisação da região norte”.

O próximo debate do “Agitar Matosinhos” está agendado para o dia 3 de Maio, pelas 21h30, e terá lugar na Associação de Apoio Social de Perafita (Farrapas). A entrada é livre.