Peça escultórica recorda o legado do investigador e a sua ligação a Guifões
Na semana que se assinala o centenário do nascimento de Joaquim Neves dos Santos (12-11-1918/06-07-1979), a Câmara Municipal de Matosinhos e a junta da união das freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões uniram esforços para homenagear uma das mais emblemáticas figuras da cultura de Matosinhos, inaugurando uma peça escultórica na rotunda existente na confluência da Av. Joaquim Neves dos Santos com a Rua Joaquim Neves dos Santos.
A peça escultória “simples e objetiva” retrata, nas palavras do seu autor, o arquiteto João Fernandes, “a simplicidade com que Joaquim Neves dos Santos trabalhava a terra”, apresentando “as mãos que escavam a terra que o viu crescer” e “o legado que nos deixou”.
A cerimónia de descerramento da placa de inauguração decorreu esta manhã e contou com a participação da Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, do Vereador da Cultura, Fernando Rocha, do administrador da MatosinhosHabit, Tiago Maia, do presidente da junta da união de freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Pedro Gonçalves, e da presidente da assembleia de freguesia da união de freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Ana Patrícia Fernandes.
Conceição Pires, arqueóloga da autarquia e autora do livro “Joaquim Neves dos Santos – o amor pelo passado” (2006), falou sobre o homem que dedicou grande parte da sua vida a estudar o Castro de Guifões, recordando a sua infância, o seu percurso profissional, a sua obra literária e o seu trabalho de investigação. Industrial, arqueólogo e etnógrafo, “a Joaquim Neves dos Santos devemos o conhecimento científico do Castro de Guifões”, afirmou.
Foi ainda na década de 50 do século XX que Joaquim Neves dos Santos iniciou as primeiras escavações arqueológicas no Castro de Guifões.
São da sua autoria alguns dos melhores trabalhos sobre o Castro de Guifões, artigos e comunicações feitas em colóquios, e estudos sobre outros vestígios arqueológicos do Concelho.
Classificado como imóvel de interesse público desde 1971, o Castro de Guifões tem vindo a ser alvo de vários trabalhos de investigação com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos. Todavia, ainda este ano, o espaço onde está situação a estação arqueológica foi parcialmente destruído depois do abate de eucaliptos por parte de privados. Situação que, Luísa Salgueiro, espera resolver em breve para evitar que se repita no futuro e recuperar o que restou dos vestígios da primeira povoação, anterior ao Império Romano.
“Há muitas formas de homenagear Joaquim Neves dos Santos. Este é apenas um momento simbólico complementar ao trabalho de valorização do passado que estamos a fazer quer através da intervenção no Castro de Guifões quer através do projeto Arqueologia vai à escola ou do Currículo Local de Educação”, afirmou a Presidente da Câmara Municipal.
Admirador da obra de Joaquim Neves dos Santos, o presidente da junta, Pedro Gonçalves, reconheceu estar a viver “um dia muito feliz”: “Guifões teve a sorte de ter tido este homem. O seu legado é o conhecimento de épocas remotas que se tem vindo a comprovar por métodos científicos”.
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