“Uma cordilheira de histórias, dentro da cabeça de um adulto que não quer crescer”, é o ponto de partida para “Himalaias”.
Interpretada por Flora Miranda, que também assina a autoria do texto, a peça fala do arrependimento, da saudade, de recomeços desejados.
Tal como parte do gelo dos Himalaias que, segundo as previsões científicas, irá desparecer dentro de 80 anos, a protagonista quer preservar a família e os amigos que o tempo separou.
Em palco, procura recriar a foto de casamento, com todos os convidados, que, por azar ou por destino, nunca chegou a ser tirada. Para o efeito, vai recortando do álbum de casamento as fotos que conseguiu tirar, na esperança de compor uma colagem que se pareça com a tal foto inexistente. Ao longo dessa experiência, a noiva vai recapitulando as histórias que tornaram especiais aqueles convidados. No fundo, gostava de juntar todas aquelas pessoas de novo, naquele momento único, antes que desapareçam para sempre.
Cantora e atriz de profissão, Flora Miranda iniciou o seu percurso artístico através da música.
Em 2003, participou no concurso da RTP Operação Triunfo, cantou em palcos como os Coliseus de Lisboa e Porto, entre outros. Frequentou escolas como o Hot Club de Lisboa ou a Escola de Jazz do Porto. Em 2007, ingressou na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, onde conclui o curso de Teatro – Interpretação. Desde então trabalhou com encenadores como Lee Beagley, Luísa Pinto, Alexandre Lyra Leite ou Joana Brandão, e com companhias como o Teatro a Quatro ou Comédias do Minho.
Neste momento, é vocalista dos projetos Fado em Trio e Fauna & Flora. É também atriz e cantora no projeto infantil “Panda e os Caricas” do Canal Panda.
Com encenação de Jorge Louraço Figueira, “Himalaias” estará em cena amanhã, pelas 21h30, no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery.
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