Esta terça-feira, o Salão Nobre dos Paços do Concelho recebeu a sessão de apresentação do chamado “livro das festas” do Senhor de Matosinhos, uma publicação que, à semelhança de muitas outras, vem enriquecer o acervo documental, histórico e literário do concelho.
A Câmara Municipal de Matosinhos desafiou este ano o historiador Helder Pacheco a revisitar a temática da Feira da Louça, já abordada em 1994 no seu livro (também editado pela autarquia). “Matosinhos: Memória e Coração da Feira da Louça. Uma resposta para a nostalgia” não é apenas uma reedição, mas antes uma ampliação do estudo que Helder Pacheco fez sobre a contemporaneidade deste tão importante elemento das Festas do Senhor de Matosinhos.
A Feira da Louça começou a estar associada às festas do Senhor de Matosinhos no século XVIII, passando a integrar a programação apenas no século XX e nem sempre de forma regular. Começou por anteceder a romaria, que tinha apenas quatro dias de duração, permanecendo um ou dois meses. Ao longo de décadas, a louça foi mudando, de origens e de formato, assistindo-se ao aparecimento do vidro, da porcelana, do alumínio e do plástico, que transformaram a atividade.
O resultado do estudo foi hoje apresentado numa sessão que contou com a presença do autor, mas também da presidente da Câmara Municipal, Luísa Salgueiro, do vereador da Cultura, Fernando Rocha, e da analista Cristina Azevedo.
Recorde-se que, além do livro, Helder Pacheco e a sua esposa, Maria José, apresentaram em Matosinhos a sua coleção de cerâmica popular. A exposição "Memórias de Nós: Coleção de Cerâmica Popular de Maria José e Helder Pacheco” está patente na galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca até ao dia 19 de agosto no seguinte horário: segunda a sexta feira das 9h às 19h, sábados das 9h30 às 12h30 e das 13H30 às 17h30, aos domingos está encerrada.
Além da Feira da Louça, Helder Pacheco escreveu sobre outros temas relacionados com a Romaria, em publicações municipais, tais como os cartazes do Senhor de Matosinhos, as farturas ou as cascatas.