O presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, discursou ontem no Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, tendo considerado que reside nas cidades a melhor resposta que a Europa poderá encontrar para o fenómeno do terrorismo, nomeadamente através de políticas de prevenção. “O terrorismo não é uma coisa que venha de outro planeta, mas que vive nas nossas comunidades e que pode e deve encontrar respostas de proximidade”, disse Guilherme Pinto, falando na qualidade de presidente do Fórum Europeu de Segurança Urbana.
A melhor resposta aos problemas gerados pela adesão dos jovens às experiências extremistas, considerou o autarca, reside no seu envolvimento com a comunidade, “que deve ser capaz de apresentar a estas pessoas objetivos positivos que elas possam perseguir, bem como outros meios de integração”.
“Como em qualquer outro assunto de natureza social, é necessário percorrer um caminho que não vai ser fácil, onde vamos cometer erros, mas onde devemos ser capazes de aprender uns com os outros”, declarou Guilherme Pinto, segundo o qual o trabalho das cidades em rede é essencial para evitar os passos em falso e para que seja possível aproveitar e colocar em prática as soluções que já tenham provado a sua eficácia.
Manifestando a consternação da Fórum Europeu de Segurança Urbana relativamente aos recentes atentados de Paris, Copenhaga e Tunis, o presidente da Câmara de Matosinhos declarou o empenhamento do organismo europeu a que preside na luta contra a radicalização e o terrorismo. Defendeu, por isso, uma resposta coordenada entre as cidades europeias, a qual, acautelando as liberdades individuais, complemente de forma decisiva o combate a nível nacional e europeu.
“Pela proximidade com os cidadãos, o nível de intervenção local é o ideal para dar os passos necessários e concitar os respetivos atores. E os cidadãos esperam que as autoridades locais e os seus eleitos atuem”, disse Guilherme Pinto. O Fórum Europeu de Segurança Urbana vai, por isso, desenvolver uma estratégia integrada para combater a radicalização a nível local, assente na monitorização e em políticas de prevenção.