Orquestra Jazz de Matosinhos no Cine Teatro Constantino Nery sexta-feira, dia 27 de maio pelas 22 horas.
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Com um pulo a Viena e a Nova Iorque pelo meio, a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM) está a trabalhar há sete meses com a comunidade de Matosinhos na preparação da terceira edição do projeto Grande Pesca Sonora. O espetáculo está marcado para a próxima sexta-feira, 27 de maio, pelas 22 horas, no Cine Teatro Constantino Nery, e contará com a participação de alunos da Escola Secundária Augusto Gomes, do Jardim Escola João de Deus de Matosinhos e da Escola Secundária Gonçalves Zarco, e ainda com elementos da Associação de Pescadores Aposentados de Matosinhos.
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epois da edição zero, em 2014, e do espetáculo “Pregões e Padrões”, no ano passado, a OJM retoma assim esta experiência de criação e performance com a comunidade, este ano inspirada no livro “20.000 Léguas Submarinas”, de Júlio Verne. Cerca de 60 pessoas de todas as idades darão corpo a “Missão ao Fundo do Mar”, espetáculo que tem como base musical a “Sinfonia” de Luciano Bério mesclada com temas e citações de outros compositores contemporâneos, recriando um ambiente que permitirá mergulhar no imaginário de Verne.
Ao longo de 17 anos, refira-se, a Orquestra Jazz de Matosinhos tem colaborado com inúmeros nomes grandes do panorama musical, de Dee Dee Bridgewater a Carla Bley, sendo por isso internacionalmente reconhecida, sem nunca esquecer a cidade onde nasceu e o trabalho com a comunidade. Através do seu serviço educativo (LabJázzica), a OJM tem desenvolvido projetos que procuram reforçar a ligação dos matosinhenses com a arte e, em particular, com a música, partilhando ferramentas e métodos de trabalho.
No caso do projeto Grande Pesca Sonora, trata-se de estimular as competências musicais e artísticas de alunos e cidadãos séniores, os quais tiveram a oportunidade de construir em conjunto com a OJM um concerto original que, desta vez, acontecerá no mesmo palco que receberá alguns dos nomes maiores da música portuguesa (e não só) durante o verão em que Matosinhos é a Capital da Cultura do Eixo Atlântico.
Recorde-se que a OJM brilhou esta semana em Nova Iorque. Nove anos depois de se ter estreado ao vivo nos Estados Unidos da América, no Carnegie Hall, a convite do JVC Jazz Festival, com Lee Konitz e Ohad Talmor, formação de Matosinhos voltou a Nova Iorque atuando pela primeira vez no Blue Note.
De 17 a 22 de maio, a formação teve duas atuações diárias no mítico clube Blue Note e partilhou o famoso palco de Greenwich Village com o guitarrista Kurt Rosenwinkel, com quem editou em 2010 "Our Secret World". O disco conta com arranjos inéditos para big band dos diretores da orquestra - Pedro Guedes e Carlos Azevedo - e do saxofonista Ohad Talmor.
Criada em 1999 com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, a Orquestra Jazz de Matosinhos tem vindo a afirmar-se como uma das formações mais dinâmicas do atual jazz português.
Constituída por alguns dos melhores músicos de jazz da região norte do país, a orquestra desenvolve hoje uma linha de orientação que privilegia, por um lado, a criação de um repertório próprio e, por outro lado, a organização de projetos específicos para os quais vem convidando solistas e maestros de relevo internacional.
Depois de ter começado o ano com um concerto na Konzerthaus de Viena, a Orquestra Jazz de Matosinhos vai ainda a Belgrado e a Barcelona no último trimestre de 2016.
Em 2017 a Orquestra Jazz de Matosinhos passará a dispor de novas instalações, depois de concluídas as obras de restauro e modernização da antiga fábrica da Real Vinícola em Matosinhos.
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