Exposição de Alberto Péssimo estará patente até 17 de junho
Exposição inaugurou ontem, sábado, e estará patente até dia 17 de junho
A exposição “Fogo no Paiol”, de Alberto Péssimo, foi inaugurada ontem, sábado, dia 20 de junho, pelas 17 horas, com a presença do artista e do Vice-Presidente e Vereador da Cultura, Fernando Rocha.
Esta exposição integra um conjunto de três mostras dedicadas à obra de Alberto Péssimo que estarão patentes em simultâneo no Grande Porto: “Sonhar a Bíblia” abriu na quinta-feira, dia 18 de maio, no Museu da Misericórdia do Porto, e “Lavoura” abrirá portas a 4 de Junho, na Fundação Júlio Resende.
As 21 obras a óleo sobre madeira que compõem “Fogo no Paiol” revelam a faceta mais expressionista de Alberto Péssimo. Os retratos expostos resultam da sobreposição de largas pinceladas em tons fortes, ora luminosos ora obscuros, provocando a inquietação de quem olha para uma galeria de personagens tolhidas pela doença, pela velhice, pela solidão, pelas fragilidades e pela alienação. “Um pesadelo de mulher que sorri com seus olhos redondos como seios”, viu a poetisa Regina Guimarães. A exposição estará patente até 17 de junho.
“Ao retratar estes loucos e loucas, Péssimo simultaneamente expõe a dor e a fragilidade dos seus retratados – coisa que deles faz um reflexo pouco deformado de nós mesmos – e oculta os labirínticos corredores e muralhas que os enclausuram e separam de nós”, escreveu Saguenail, o realizador e escritor francês que, em conjunto com Regina Guimarães, produziu os textos que acompanham o catálogo único concebido para as três exposições, intitulado “Ossos do Ofício”. “Elas interrogam-nos. Chamam-nos, fraternalmente, ou até amorosamente. E acordam emoções inomináveis que dormitavam enterradas no fundo das nossas cabeças”, acrescenta Saguenail.
Alberto Péssimo, recorde-se, nasceu em Moçambique em 1953 e veio para Portugal aos 8 anos de idade. Formou-se na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto e foi professor da Escola Artística da Cooperativa Árvore, tendo concebido diversos cenários para peças de teatro e a cenografia de programas televisivos como “A Árvore dos Patafurdios” e “Os Amigos de Gaspar”. Expõe regularmente desde 1977, afirmando-se como um dos mais significativos artistas portugueses da geração que atingiu a maturidade durante o período final da Guerra Colonial. A sua obra foi também objeto de um documentário da autoria de Miguel Lopes Rodrigues e exibido no Canal 180.
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