Festival teve início em Matosinhos com “Enchente”
O Teatro Municipal de Matosinhos - Constantino Nery recebeu ontem, sábado, dia 28 de abril, pelas 19 horas, “Enchente” de Luísa Saraiva, o primeiro dos vários espetáculos que passarão por Matosinhos no âmbito do Festival DDD - Dias da Dança, que decorre entre os dias 26 de abril e 13 de maio, nos municípios do Porto, Matosinhos e Gaia.
Refira-se que entre os vários espetáculos que se realizarão em Matosinhos, quatro serão estreias absolutas, sendo “Enchente” um deles.
Sobre “Enchente”, Luísa Saraiva afirma que é uma peça sobre os comportamentos físicos de grupos e multidões. Em “Enchente” há traços distantes de momentos disruptivos, tais como confrontos em motins e protestos, esmagamentos em raves, invasões em black fridays, saques de supermercados, ou então de concertos dos Beatles com fãs histéricas ou celebrações em campeonatos do mundo. Interessa-nos os movimentos que o corpo produz em experiências individuais e coletivas de urgência. Durante a peça os performers criam situações em que a passagem à ação exige a avaliação do potencial de risco e a negociação de processos de tomada de decisão. Um jogo de possibilidades entre autonomia e restrição, a necessidade de cuidar e a perceção da vulnerabilidade do outro.
Luísa Saraiva concluiu em 2010 o Mestrado em Psicologia na Universidade do Porto e foi bolseira do programa INOV-Art na Porto Alegre Cia de Dança (Porto Alegre, Brasil) e na Mark Sieczkarek Company (Wuppertal, Alemanha). Em 2015 terminou a Licenciatura em Dança na Universidade de Artes Folkwang em Essen, na Alemanha. Como intérprete, trabalhou com artistas como Alexandra Pirici, Ben J. Riepe, Catarina Miranda, Jonathan Saldanha, Susanne Linke, Jorge Puerta Armenta. Uma versão embrionária de “Enchente | Hochwasser”, foi selecionada para a competição Danse Élargie em junho de 2016. Em 2017 é bolseira do Programa de Financiamento Individual para o Desenvolvimento Artístico (IKF) do Ministério da Cultura do Renânia do Norte-Vestfália (Alemanha).
Organizada pelos municípios de Matosinhos, Porto e Gaia, a terceira edição do Festival DDD debruça-se sobre a diversidade de estéticas e abordagens que a dança alcança, apresentando espetáculos que passam pela dança tradicional indiana, as danças urbanas, o flamenco e a dança contemporânea através de projetos e artistas oriundos de Portugal, França, Espanha, Marrocos, Noruega, Alemanha, Suíça, Bélgica, Índia, Estados Unidos da América e Senegal.
Ao longo de 16 dias, o Festival DDD irá decorrer em 13 locais diferentes, entre salas e espaço público, num total de 63 apresentações, envolvendo instituições como o Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre, o Teatro Nacional São João, o Teatro Municipal de Matosinhos - Constantino Nery, o Coliseu Porto, a Fundação de Serralves, o balleteatro, a mala voadora, o Auditório Municipal de Gaia, o Armazém 22, o Teatro do Bolhão, o Mira – artes performativas e a Casa da Arquitectura.
O programa deste ano é composto por 35 espetáculos. Destaque para a participação de Olga Roriz, Cristina Planas Leitão, Luísa Saraiva, Carlota Lagido, João Fiadeiro, António Lago & Susana Chiocca, Joana Providência, Joclécio Azevedo e Mara Andrade.
Além dos espetáculos, o programa prevê um conjunto de 18 workshops para todas as idades, masterclasses, encontros, conversas e outras atividades de mediação de públicos. Haverá ainda quatro workshops de longa duração, destinados a profissionais de dança.
O Festival DDD - Dias da Dança terá ainda os seguintes espetáculos em Matosinhos:
1 de maio
22h00- Teatro Municipal de Matosinhos- Constantino Nery
“Jungle Red” de Carlota Lagido
É verdadeiramente sobre a nostalgia do paraíso.
5 de maio
22h00 - Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery
Inaudible - ZOO / THOMAS HAUERT
5 de maio
11h30 e 17h00 – Marginal de Matosinhos
“AR-QUÉ-TIPO” pela RADAR 360º
É uma performance deambulatória escrita para o espaço público, que convida o espectador a refletir sobre o amor na sociedade contemporânea.
6 de maio
11h30 e 14h30- Marginal de Matosinhos
“AR-QUÉ-TIPO” pela RADAR 360º
É uma performance deambulatória escrita para o espaço público, que convida o espectador a refletir sobre o amor na sociedade contemporânea.
13 de maio
11h30 e 14h30- Casa da Arquitectura
“OUROBOROS” de Flávia Tápias
Performance inspirada em Eva Clouard e na figura da serpente que morde a cauda.
Consulte o programa completo em:
https://assets.bondlayer.com/nskcmaaopx/_assets/nb1hn9bafgnbke329ztkz.pdf
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