Ator protagonizou diversos espetáculos em Matosinhos
Faleceu ontem, aos 77 anos, no Porto, António Reis, ator e cofundador da Seiva Trupe e do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI). Nasceu a 20 de janeiro de 1945, no Porto. Na década de 60, inicia a sua atividade no Grupo dos Modestos, num espetáculo de Joseph Kesserling. Em 1970, ingressa no Teatro Experimental do Porto, onde se estreia profissionalmente. Em 1973, juntamente com Júlio Cardoso e Estrela Novais, funda a companhia de teatro Seiva Trupe. Aí trabalhou como ator, encenador, cenógrafo, diretor de produção e diretor de cena. Do seu trabalho no palco, destaque para as peças “Um cálice de Porto”, “Perdidos numa Noite Suja”, “Macbeth”, “Uma visita Inoportuna”. Trabalhou em televisão e no cinema, onde sobressaem “Vale Abraão” e “Singularidades de uma rapariga loira”. Ao longo da carreira, foi distinguido com vários prémios e galardões, entre os quais, a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal do Porto (1988), a comenda da Ordem do Infante (1995) e o prémio Lorca, pela Universidade de Granada em Espanha (1995). A carreira de António Reis está associada a Matosinhos, tendo protagonizado diversos espetáculos quer na antiga Galeria Nave dos Paços do Concelho (atual Casa do Design) quer no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery. “Yepeto – A dor de uma Paixão” (2007), “Mil Olhos de Vidro” (2008), “Um barco na cidade” (2009) ou “Fim de Partida” (2010) foram algumas das peças que António Reis interpretou no concelho de Matosinhos. A Câmara Municipal endereça as mais sentidas condolências à família de António Reis e à Seiva Trupe, lembrando o legado marcante que deixa no teatro em Portugal.