Rui Anahory dá a conhecer a Matosinhos alguns dos seus trabalhos de pintura e escultura, grande parte dos quais nunca antes apresentados publicamente.
A exposição “Imagens e Tempo” foi inaugurada pelo Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, e pelo Vereador da Cultura, Fernando Rocha, no dia 13 de Outubro.
“Este é um tempo de dificuldades, de desafios, de reflexão e de questionamento. Para todos. Não será por acaso que a Galeria Municipal expõe esta exposição. Porque se é certo que a arte contemporânea é uma constante procura de (re) interpretação da realidade, uma constante busca de novos discursos e técnicas que nos possibilitem perscrutar para lá do que é, aparentemente claro e objetivo, tal tornou-se nos dias que correm ainda mais premente”, afirma o Presidente da Autarquia.
Nas palavras do Vereador da Cultura, “estamos, com efeito, perante um criador eclético que, na sua produção artística, para lá da escultura, tem enveredado também pela cerâmica, pela serigrafia, pela pintura”.
As obras agora expostas datam de 1976 a 2010, e resultam de 34 anos de trabalho e de experiências, em áreas como a pintura, o teatro ou a performance de rua, “com linguagens e técnicas diversas”, como explica o artista.
“Despojos ficam pelo caminho, coisas meio feitas, que o tempo acaba por integrar ou vir a diluir. Aqui trata-se sobretudo de trazer alguns desses trabalhos que estiveram na sombra muitos anos e achei que devia mostrar. Todos os ´desvios´ deste conjunto de trabalhos contêm na essência um sentido de liberdade e a recusa de catalogações que encarcerem o pensamento”, revela Rui Anahory.
Nascido em 1946, em Grijó, Vila Nova de Gaia, Rui Anahory licenciou-se em Artes Plásticas em 1979 pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Nesse mesmo ano, conhece o escultor João Cutileiro, que viria a marcar o rumo do seu trabalho como escultor e artista plástico.
Realizou trabalhos de escultura e performance no rio Douro em colaboração com as II Jornadas Internacionais de Música Contemporânea do Porto organizadas pela Oficina Musical dirigida pelo Maestro Álvaro Salazar, que permitiram a concretização de algumas ideias latentes sobre espaço escultura e movimento. Venceu o Prémio de escultura de Ar Livre na Amadora nos anos oitenta do século XX. Realizou várias exposições individuais e participou em várias coletivas, em Portugal e no estrangeiro. Tem realizado cenografias, edições de escultura, serigrafia e cerâmica.
A sua obra está presente em vários espaços públicos: Póvoa de Varzim - “Monumentos às Gentes da Póvoa de Varzim”; Esmoriz - Ovar - Monumento de “Homenagem à Pesca da Arte Xávega”; Bragança - Monumento ao “Agricultor Bragançano (Chega de Bois).
Participou em simpósios de escultura: Simpósio Internacional de Escultura em Pedra, Évora (1981); “Encontro com o Granito”, Simpósio Internacional de V. N. de Cerveira (1996); Simpósio de Escultura em Granito e Ferro, Póvoa de Varzim (1997).
Em 2007, realizou as “Portas do Céu”(Janua Coeli) que integram a fachada da Igreja Matriz da Póvoa de Varzim, que assinalou os 250 anos da sua existência.
De 1996 a 2007 foi docente do departamento de Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Os interessados em visitar a exposição de Rui Anahory na Galeria Municipal, deverão fazê-lo até 27 de Janeiro de 2013 no seguinte horário:
Segunda-feira a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30
Sábados e feriados, das 15h00 às 18h00
Encerra ao domingo
Conteúdo atualizado em15 de outubro de 2012às 10:29