Investimento de 16 milhões de euros permite tratamento secundário de águas residuais
Em 1997, Matosinhos foi um dos municípios pioneiros do país a construir uma ETAR- Estação de Tratamento de Águas Residuais.
Localizada em Leça da Palmeira, a ETAR cumpriu desde o seu início as exigências impostas pelo Estado português, tendo adotado um sistema de tratamento primário e um emissário submarino de três quilómetros.
Foi graças a este investimento que a qualidade da água nas praias do Concelho melhorou substancialmente, permitindo a Matosinhos hastear na última década por diversas vezes a Bandeira Azul nas suas praias.
Em virtude do crescimento demográfico no Concelho, e de forma a cumprir as novas diretivas europeias que entraram, entretanto, em vigor, a Câmara Municipal de Matosinhos decidiu avançar para uma grande obra de remodelação e ampliação da ETAR.
Equipamentos e circuitos foram remodelados ou substituídos, foram criados novos tanques de floculação e mais um tanque desarenador. O investimento incidiu ainda na ampliação do edifício do tratamento de lamas, na criação de um reator biológico por vala de oxidação e respetivos decantadores secundários, na implementação de um sistema de biogás, entre outras valências.
Com esta alteração, os efluentes passarão a ser alvo de um tratamento secundário, antes de libertados no meio ambiente.
Para realizar este investimento, a Câmara Municipal de Matosinhos recorreu ao financiamento do POSEUR- Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (Comissão Europeia).
O investimento ultrapassa os 16 milhões de euros, dos quais mais de 13 milhões de euros são provenientes do POSEUR. Os restantes (cerca de 2,5 milhões de euros) foram suportados pela autarquia.
Ontem, um grupo de elementos da Comissão Europeia visitou as obras em curso: da Unidade Portugal da DG REGIO- Comissão Europeia, Tomás Salazar, Luís Boris e Virgílio Martins; da Comissão Diretiva do PO SEUR, a Presidente, Helena Azevedo, José Marques Guedes e Manuela Matos; do Governo Regional da Madeira, Emilia Alves, presidente do Instituto Desenvolvimento Regional. Participaram ainda técnicos e dirigentes do POSEUR, da Indáqua e da autarquia de Matosinhos.
A visita foi acompanhada pelo Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Eduardo Pinheiro, pelo Vereador do Ambiente, Tiago Maia, e pelo Vereador da Educação, António Correia Pinto.
As obras estão praticamente concluídas. Em julho, a ETAR entrará na fase de testes, processo que demorará cerca de um ano. No ano de arranque, prevê-se que a ETAR trate um caudal de cerca de 39.427 m3/ por dia, correspondente a um equivalente populacional de mais de 246 mil habitantes. Em 2042, estima-se que tenha capacidade para tratar um caudal de 52.662 m3/ dia (quase 330 mil habitantes).
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