Câmara recolhe contributos de agentes sociais e económicos do Concelho
“Nos últimos anos temos sentido os efeitos das alterações climáticas na nossa comunidade. Vamos ter que nos preparar para os desafios futuros que nos colocam as alterações climáticas”, manifestou hoje o Vereador do Ambiente.
António Correia Pinto falava hoje na abertura de um workshop integrado na Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas para o município de Matosinhos, que decorreu na Sala de Sessões Pública dos Paços do Concelho.
O objetivo do encontro foi recolher os contributos de agentes sociais e económicos do Concelho para a definição da Estratégia Municipal de Adaptação à Alterações Climáticas para o Município de Matosinhos.
“Não é um objetivo que se possa realizar só num território. Os efeitos são a uma escala muito superior. Todas as áreas devem ser trabalhadas. Matosinhos apresenta riscos acrescidos, pois possui atividades económicas muito fortes”, referiu a Presidente da Câmara Municipal.
Luísa Salgueiro reconhece que “não há resultados imediatos”, mas que “se não se fizer nada, as coisas serão ainda piores”, daí que defenda a minimização dos fatores de risco.
A estratégia de Matosinhos está integrada no projeto METROCLIMA – Adaptação às Alterações Climáticas na Área Metropolitana do Porto.
Teresa Costa, da METROCLIMA, frisou que “o clima está a mudar”. “Todos nós nos apercebemos disso no dia-a-dia. Basta lembramo-nos da escassez de água no ano passado”, acrescentou.
Até ao final do século XXI, prevê-se o aumento das temperaturas máxima, mínima e média anual, a diminuição da precipitação na primavera, verão e outono, e a sua concentração, provocando cheias e inundações, a diminuição da velocidade do vento (menos dias de vento moderado a forte), a diminuição da frequência das noites tropicais, a diminuição de dias de geada e o aumento do número de dias de temperaturas extremas.
No caso de Matosinhos, destaque para a subida do nível médio do mar e para o aumento de fenómenos naturais extremos quer de calor quer de precipitação.
“Há riscos para o território, mas também oportunidades. Os municípios devem procurar minimizar as consequências nefastas e potenciar as oportunidades
Do levantamento dos eventos climáticos ocorridos no território há 15 anos e da avaliação das entidades envolvidas na resposta, resultou uma lista de 21 opções de adaptação às alterações climáticas que deverão integrar a futura Estratégia Municipal.
Segundo Teresa Costa, essas opções deverão fazer parte de instrumentos de gestão do território como o Plano Diretor Municipal, planos de pormenor ou planos de urbanização. “É a única forma de serem implementadas”, assegurou.
O projeto METROCLIMA visa promover a adaptação às alterações climáticas, através do aprofundamento do conhecimento que permita antecipar os riscos e as oportunidades, influenciando as opções do planeamento ao nível local, metropolitano e regional, num processo participado assente na comunicação, promovido por uma parceria entre municípios, universidades, instituições públicas e privadas, empresas e cidadãos.
Presente na apresentação da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas esteve também o Vereador da Mobilidade e dos Transportes, José Pedro Rodrigues.
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