O trabalho de quase uma década da Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos está hoje em destaque no jornal “Público”.
Todos os anos, milhares de jovens portugueses abandonam a escola antes de completarem a sua formação básica, tornando-se mais vulneráveis ao desemprego, pobreza e exclusão social. Portugal continua a registar uma das maiores taxas de abandono precoce da educação e formação da União Europeia. Dados do Eurostat e OCDE revelam que, entre os 18 e os 24 anos, a taxa de abandono escolar em Portugal é de 18,9%, valor acima dos 12% da União Europeia.
Recorde-se que Portugal foi um dos países que se comprometeu, no âmbito da Estratégia Europa 2020, a reduzir para 10% esta taxa até 2020.
Em 2007, Matosinhos foi um dos municípios que respondeu ao desafio lançado pelo então Presidente da República, Cavaco Silva, de criar a Associação EPIS- Empresários pela Inclusão Social. Em 2008, a Autarquia associou-se à Associação para a Educação de Segunda Oportunidade, Ministério da Educação e a E2C Europe, para criar a Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos.
Abriu as suas portas a 01 de setembro de 2008. Apresenta-se como uma resposta sócio-educativa especializada, a tempo inteiro, dirigida a jovens provenientes de contextos vulneráveis. Oferece uma nova abordagem ao problema persistente do abandono precoce da educação e formação e das baixas qualificações dos jovens, facilitando os seus processos de transição da situação de abandono escolar para uma bem sucedida integração em percursos de formação, emprego e cidadania, através do desenvolvimento de processos de estruturação individual e da utilização de metodologias de intervenção fortemente motivacionais, designadamente programas artísticos, e respostas socioeducativas integradas.
A reportagem hoje publicada no “Público” dá a conhecer a experiência de alguns alunos na Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos, a funcionar nas antigas instalações de uma escola primária de S. Mamede de Infesta, entretanto desativadas e adaptadas às novas funções pela autarquia matosinhense. Atualmente a escola acolhe 70 alunos, com idades entre os 15 e os 25 anos. Dados da Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos indicam que 90% dos jovens integram-se na formação ou no trabalho depois de acabarem a formação.
O trabalho da Escola de Segunda Oportunidade de Matosinhos foi já reconhecido pela Cedefop, a agência europeia de formação profissional, tendo sido escolhido como um dos 44 casos incluídos no manual de boas práticas europeias no uso da formação vocacional como respostas ao abandono escolar precoce.
