Encontro de parceiros procura encontrar uma solução que garanta a sobrevivência do projeto face às restrições da chamada “Lei dos Compromissos”.
O futuro da Escola de Segundo Oportunidade esteve hoje, dia 30 de abril, em destaque, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, num encontro que reuniu parceiros do Concelho, entre os quais a Câmara Municipal de Matosinhos, representada pelo Vereador da Educação, Prof. António Correia Pinto.
Também o Presidente do Executivo, Dr. Guilherme Pinto, marcou presença no encontro. O autarca recordou que, “quando a Câmara decidiu apoiar o projeto, a Escola de Segunda Oportunidade não era um projeto de Matosinhos ou para Matosinhos”. “Esta escola pertence à região. Parte dos problemas do Norte do País decorre da baixa qualificação dos recursos humanos, daí o nosso empenhamento na educação. Além do mais, este projeto assenta num espírito de solidariedade. Estamos a falar de pessoas, de jovens, que estamos a recuperar para a nossa comunidade que, de outra forma, estariam condenados ao abandono e insucesso escolar. Estamos a proporcionar-lhes um retorno à convivência em sociedade”, frisou.
O Dr. Guilherme Pinto explicou que, com a “Lei dos Compromissos”, a Autarquia só pode utilizar ¾ da sua receita, considerando, como tal, “um ato criminoso” deixar de apoiar a Escola de Segunda Oportunidade. “Não há mais nenhuma autarquia que tenha protestado contra esta lei. Nós temos o dinheiro, mas não lhe podemos mexer. Já apoiamos a instalação da Escola de Segunda Oportunidade com cerca de 500 mil euros. Esta situação, apesar de tudo, é um teste para ver se mais alguém se chega à frente”, desabafou.
O autarca garantiu ainda que não vai desistir da Escola de Segunda Oportunidade e que tudo fará para que seja encontrada uma solução junto da sociedade civil. “É um projeto que tem que ser bem gerido, tem que ser sustentável. É um projeto que faz a diferença”, concluiu.