Fórum Europeu de Segurança está a desenvolver um programa contra o extremismo.
Passam hoje duas semanas dos atentados que fizeram 130 mortos e mais de 350 feridos, no passado dia 13 de novembro, em Paris.
Cinco dias depois, o Comité Executivo do Fórum Europeu de Segurança Urbana (EFUS) reuniu-se em Bruxelas num contexto difícil, emitindo um comunicado onde se afirmou chocado com os ataques, expressando o seu apoio às cidades membros, em particular aos autarcas de Paris e de Saint-Denis, e às famílias das numerosas vítimas francesas e de outras nacionalidades. O EFUS elogiou ainda o papel das forças de segurança, de proteção civil e de emergência médica, sem esquecer a mobilização de toda a sociedade.
O EFUS, presidido por Guilherme Pinto, recorde-se, tem vindo a desenvolver o programa LIAISE- Local Institutions Against Extremism (Instituições Locais contra o Extremismo), financiado pela União Europeia.
Este programa, desenvolvido com 12 parceiros de seis países, fornece até 2016, formação específica para os agentes locais. Estima-se que, no primeiro semestre de 2016, surja um guia prático sobre o tema.
Numa segunda fase, o LIAISE II (2016-2018) será alargado a 28 instituições de 11 países. Pretende-se criar uma rede europeia de autoridades locais para impedir a radicalização violenta em torno de seminários temáticos europeus, apoiar a criação de uma infraestrutura institucional para estabelecer uma parceria multiagencial que possa compreender e responder à radicalização num determinado território, fornecer treino para as autoridades locais e seus parceiros, e lançar iniciativas-piloto para localmente aplicar os conhecimentos adquiridos através da formação e do desenvolvimento de práticas inovadoras.
O EFUS e o Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa organizaram, no passado dia 18, uma conferência de autoridades locais sobre a prevenção da radicalização que conduz ao extremismo violento, em Aarhus, na Dinamarca, onde marcou presença Guilherme Pinto e cerca de 100 autarcas de 22 países europeus. Dessa reunião, e a propósito dos atentados de Paris, saiu a Declaração Aarhus onde foi exigida a mobilização das autoridades locais, em estreita cooperação com os governos nacionais, como parte de uma aliança de cidades europeias para combater o aumento da radicalização e os atos subsequentes de extrema violência.