“Vamos lançar o anzol ao crescimento económico” foi o mote para o debate que reuniu, dia 25 de setembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, um conjunto de oradores e representantes de instituições ligadas ao sector das pescas.
O debate, organizado pelo Diário de Notícias e moderado pelo jornalista João Céu e Silva, incidiu sobre o papel do mar e das pescas na economia e no futuro de Matosinhos e de todo o País.
O setor das pecas em Portugal emprega diretamente 75 mil pessoas e representa 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Todavia, a Estratégia Nacional para o Mar, definida para o período 2006-2016, prevê que aquele valor atinja, em 2020, os 11% do PIB. O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, salientou que “o mar é algo que se constrói e que leva tempo, daí termos dado continuidade à estratégia definida pelo anterior Governo”. Este facto foi, de resto, enaltecido pelo Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos. “Se há setor em que este Governo decidiu- e muito bem- não rasgar com o que vinha do Governo anterior foi o das pescas. É preciso que o sector se torne atrativo. Em Matosinhos, definimos uma estratégia de valorização do mar”, disse o Dr. Guilherme Pinto, dando como exemplos o Terminal de Cruzeiros, a requalificação da orla costeira, a promoção da gastronomia, a instalação do Centro de Ciências e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto, o apoio às novas unidades conserveiras ou a construção das Plataformas Logísticas.
A propósito da recente crise em torno da escassez da sardinha, que afetou principalmente a classe piscatória de Matosinhos, o Dr. Guilherme Pinto defendeu um conjunto de garantias sociais de apoio aos pescadores para este tipo de situações, provenientes, nomeadamente, do IVA que é pago na venda do pescado e que reverte para o Estado.
O debate DN Mar contou ainda com a participação de João Almeida, membro da Comissão Executiva da Federação dos Sindicatos do Setor da Pesca, e de Portela Rosa, assessor da Vianapesca.
