Este não é um dia para celebrar com ligeireza! Foi a data escolhida internacionalmente para prestar homenagem a todas as mulheres que sofreram diferentes formas de discriminação e que lutaram por uma sociedade mais justa e mais humana.
É com essa responsabilidade que olhamos este dia também para lembrar injustiças e louvar a coragem de quem ousou pugnar pelos seus direitos, de exaltarmos enquanto sociedade todas as conquistas feitas em prol da igualdade de direitos, independentemente do sexo com que se nasce.
Olhar para trás e guardar na memória lutas importantes não chega, pois a igualdade de direitos entre homens e mulheres inscrita na constituição não é consagrada na realidade.
Continuam a existir situações em que a trabalho igual não corresponde salário igual. Em que o conseguir, o manter e o progredir num emprego são postos em causa pelo ser-se mãe ou por uma gravidez real ou potencial. Ainda persiste a sobrecarga de trabalho associada aos problemas da conciliação emprego e família e da não divisão efetiva de responsabilidades e tarefas parentais e domésticas.
A Câmara Municipal de Matosinhos escolheu a Casa Abrigo “Recomeçar” da Cruz Vermelha de Matosinhos para hoje denunciar a persistência de situações de violência contra as mulheres, nas relações de intimidade, nas suas casas e nos locais de trabalho.
Este dia deve servir para refletir, trabalhar em conjunto e combater a violência. As mulheres que procuraram ajuda e refúgio nesta casa são pessoas extraordinárias, que mostraram uma coragem imensa ao romper as suas rotinas para recomeçar de novo.
Matosinhos não se cala porque a violência é um crime e uma perda enorme para a sociedade como um todo.
Matosinhos apoia estas mulheres e com elas aprende exemplos de vida e de coragem fantásticos.
O momento que vivemos é difícil mas, aqui nesta terra, não abandonaremos quem mais precisa.
Matosinhos orgulha-se da força das matosinhenses e quer ter a certeza que todas vivem na plenitude dos seus direitos.
Não nos acomodamos, por isso hoje, amanhã e depois vamos continuar a perguntar se na nossa cidade, no nosso país e no nosso mundo as mulheres têm efetivamente os mesmos direitos, oportunidades e segurança que os seus concidadãos.
Enquanto a resposta continuar negativa, neste dia e nos seguintes, temos de lutar e mostrar a nossa indignação, como indivíduos e como representantes das e dos Matosinhenses, pela cidadania e pela dignidade para tod@s!