
Técnicos, autarcas e membros de entidades locais estiveram reunidos, no dia 10 de Dezembro, na Câmara Municipal de Matosinhos, na Conferência Final DCDII (“Democracy, Cities and Drugs II”- Rede Nacional Portuguesa).
O projecto DCDII, cuja finalidade máxima se centrou na construção de uma rede de Cidades Portuguesas, para a partilha de experiências e práticas em matéria de prevenção do uso/abuso de drogas, contou com importantes parcerias, como o Fórum Português para a Prevenção e Segurança Urbana, mais concretamente de alguns dos municípios associados, como Loures, Seixal e S. João da Madeira e a parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto.
O Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, manifestou o interesse em “voltar a colocar na ordem do dia” esta problemática. “Seria quase criminoso não partilhar as nossas experiências”, considerou.
A Câmara Municipal de Matosinhos, enquanto membro do FESU, integrou o projecto Democracy, Cities & Drugs I (DC&DI). No âmbito desta cooperação, a Autarquia partilhou a sua experiência no que diz respeito às estratégias e metodologias implementadas no Concelho em matéria de Prevenção do Uso/Abuso de Drogas.
O DC&DI terminou em Janeiro de 2008. No entanto, considerada a mais-valia deste projecto enquanto fórum de troca de experiências, definição de linhas de orientação e de estratégias comuns nesta matéria, considerou-se fundamental proceder à sua
continuidade e, nesta perspectiva, foi efectuada uma candidatura à Comissão Europeia (European Comission Programme for Public Health) para implementação do projecto Democracy, Cities & Drugs II.
João Patrocínio, representante da Câmara Municipal de Loures, autarquia que actualmente preside ao FOPPSU- Fórum Português de Prevenção da Segurança Urbana, apresentou os objectivos e a missão daquele organismo. Benjamin Blase, gestor do projecto DCDII- FESU, fez a apresentação do projecto europeu, enquanto o Vice-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Nuno Oliveira, debruçou a sua intervenção sobre o projecto português DCDII- Rede Nacional Portuguesa, uma vez que, a nível nacional, a rede portuguesa é liderada pela Autarquia de Matosinhos.
A identificação de especialistas e boas práticas em matéria de prevenção do uso/abuso de substâncias psicoactivas a nível nacional, a construção de um manual e sua disseminação, são alguns dos propósitos do projecto Português – Rede Nacional Portuguesa.
Seguiu-se a apresentação do “Manual sobre Prevenção dos Consumos de Substâncias Psicoactivas: Planeamento e Avaliação”, da autoria de Jorge Negreiros e Ana Magalhães.
O livro está dividido em três partes: enquadramento, caracterização e fundamentação da Prevenção dos consumos de Substâncias Psicoactivas (SPS); princípios da Prevenção dos consumos de SPA aplicados à intervenção; planeamento e avaliação de projectos de Intervenção.
O manual pretende servir de instrumento de trabalho para agentes e no planeamento, implementação e avaliação de programas, debruçando-se sobre as questões mais relevantes relacionadas com a temática da Prevenção dos consumos de SPA, apresentando um plano sistemático e estruturado em torno do qual se pode derivar um projecto de intervenção nesta área.
Por sua vez, o Vice-presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, Dr. Rui Costa, falou sobre a experiência inter-concelhia “Dia D- Chat - infodrogas”, que teve lugar no passado dia 30 de Novembro, na qual participaram 72 jovens de 7º ano dos Municípios de Matosinhos, Loures, Seixal e S. João da Madeira.
O painel “Novas Drogas, novos hábitos- Que desafios à intervenção” contou com a participação da Dr.ª Ana Tavares, do Instituto da Droga e da Toxicodependência, que falou sobre o consumo de drogas na Europa e Portugal. A Dr.ª Teresa Summavielle, professora de Bioquímica e investigadora na unidade de Neurocomportamento do Instituto de Biologia Molecular e Celular, interveio sobre as novas substâncias e o seu enquadramento legal, enquanto a Dr.ª Joana Alves, da Comissão de Dissuasão das Toxicodependências de Braga, abordou o enquadramento legal das novas substâncias.

