18.04.12
A notícia veiculada na edição do JN, de 17 de Abril, subordinada ao titulo «Bombeiros não sabem por onde passam pipelines das gasolineiras», obriga-me a tecer os seguintes comentários:
1 -Os bombeiros de Matosinhos conhecem com exactidão o local onde existem pipelines no concelho, participaram e participam no Plano de Emergência, tendo, no ano passado, acompanhado uma vistoria total com as empresas proprietárias.
2 - Os Bombeiros Voluntários de Leixões confirmaram, a outros orgãos de comunicação social, que têm, e sempre tiveram, em seu poder, plantas topográficas e mapas que assinalam a localização dos referidos pipelines. Logo, o titulo chamado à 1ª. página não corresponde á verdade
3- O Comandante Freitas, que o JN contactou, não está no corpo activo dos bombeiros, não podendo, por isso, aceder a informações sigilosas e confidenciais. Ainda assim, estranha-se, que o JN o tenha escolhido como fonte principal de informação e, o que é mais grave, o Comandante Freitas, que liderou o corpo dos Bombeiros Voluntários de S. Mamede de Infesta, durante trinta anos, afirma desconhecer os locais por onde passam os pipelines. Como alguém que lidera bombeiros durante 30 anos, participa em vários planos de emergência, desconhece tais locais?
4 -Como é do conhecimento de todos os responsáveis, e dos jornalistas que acompanham habitualmente as actividades em Matosinhos, nunca poderia existir nenhuma construção em cima de qualquer pipeline, porque o ordenamento jurídico português não o permite. Só alguém de má fé, pode veicular na opinião pública tamanho absurdo, como é o caso do líder do PSD de Matosinhos. Estranha-se que se diga na noticia, que se morar em Matosinhos Sul não saiba se o prédio está construído em cima de pipelines….
5- O Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, como o JN já noticiou, conseguiu negociar a saída das gasolineiras de Matosinhos Sul. O processo, feito à revelia de quaisquer outras instituições que nunca deram importância ao problema, tem horizonte marcado para a saída do Parque de Real. Estranha-se que a jornalista para o efeito de contradizer o Presidente da Câmara de Matosinhos, busque a informação/opinião de quem nada sabe sobre o mesmo.
6 – Lamenta-se que a notícia resuma num breve parágrafo final, e não num subtítulo como seria de esperar, a verdade dos factos. Respondemos sem os dramatismos, nem os alarmismos que, para alguns políticos, podem render dividendos populistas, mas estão distantes duma postura consciente, credível, equilibrada e politicamente responsável. Os factos ignoram-se, a especulação amplia-se.
7 – Lamenta-se que se dê «corpo» a uma noticia, com todo o impacto negativo que teve junto das populações, com base em informações pouco fundamentadas.
Guilherme Pinto
Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos
Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos
Conteúdo atualizado em18 de abril de 2012às 10:26
