“A Casa Encantada”, uma produção do Cine-teatro Constantino Nery, com a dramaturgia de Roberto Merino e encenação de Luísa Pinto, marcou o encerramento das comemorações do 18º aniversário do Museu da Quinta de Santiago, no final da tarde de sábado, dia 5 de abril.
E foram quatro dias de festa em que se fez de tudo um pouco no Museu da Quinta de Santiago. Foram iniciativas pensadas na diversidade de públicos existentes, tanto ao nível da idade, como ao nível dos gostos.
O Vereador da Cultura, Fernando Rocha, associou-se ao encerramento destas celebrações que culminou com a “A Casa Encantada”, uma viagem pelos espaços do Museu num projeto performativo de Roberto Merino com encenação de Luísa Pinto.
Esta produção do Cine-teatro Constantino Nery e da Câmara Municipal de Matosinhos permitiu um cruzamento entre o teatro e as artes plásticas, vivenciando atmosferas diversas em cada cena. A ação incluiu uma instalação cénica a partir de cenografia e adereços de projetos anteriores onde a palavra de ordem foi recriar, tirar os objetos do seu contexto inicial e habitá-los de uma outra forma. O mesmo aconteceu com as personagens retiradas de encenações anteriores e que surgiram aqui numa nova dramaturgia habitando espaços diferentes do seu contexto inicial.
Nesta criação encontraram-se várias figuras das artes do século XX como Frida Kahlo, Luis Buñuel, Garcia Lorca, Salvador Dali entre outros que deambularam pelos espaços do Museu numa perspetiva surrealista. Inspirado n’A Casa Encantada” (Spellbound), título dado ao filme de 1945, realizado por Alfred Hitchcock, particularmente famoso pela cena que inclui um momento onírico vivido pelo personagem central, ilustrado pelo pintor Salvador Dali.
E já lá vão 18 anos. 18 anos plenos de atividade. Celebrando as suas vivências, numa trajetória entre linhas do passado para o futuro, permanece a consciência real que define o Museu da Quinta de Santiago como uma instituição permanente, sem fins lucrativos, que serve a sociedade e o seu desenvolvimento, que adquire, conserva, investiga e difunde testemunhos materiais do homem e do seu meio ambiente, tendo em vista o estudo, a educação e a fruição.