Exposição fotográfica, concerto e fogo de artifício assinalaram em Matosinhos o 39º aniversário da Revolução dos Cravos
O átrio dos Paços do Concelho de Matosinhos, um edifício da autoria do arquitecto Alcino Soutinho que representa o melhor do Poder Local do Pós 25 de abril, tem exposta até ao dia 3 de maio uma exposição fotográfica da autoria de Alfredo Cunha sobre o 25 de abril. Uma oportunidade única de revisitar a Revolução dos Cravos pela objetiva de uma dos maiores fotojornalistas da atualidade.
Este é apenas um dos pontos altos do programa das Comemorações do 25 de abril que a Autarquia preparou para assinalar a data.
Na quarta-feira, 24, pelas 22 horas, o Coro Orfeão de Matosinhos deu um concerto no Salão Nobre dos Paços do Concelho tendo contado com a participação da Escola de Ballet de Leça da Palmeira, num momento de encontro entre dança e música.
O Coro Misto do Orfeão de Matosinhos surgiu após terem sido ultrapassados certos preconceitos sociais da época, algum tempo depois de criado o coro masculino, este em simultâneo com a coletividade, fundada em 17 de Março de 1917, pelo jornal “O Badalo”, actualmente “O Comércio de Leixões”. As boas referências e os elogios que lhe são atribuídos pela crítica, bem como por muitas personalidades ligadas à música coral, permitem-lhe a realização de diversos concertos em Portugal Continental e Ilhas, Espanha e França, e participações em vários Festivais Internacionais de Coros.
No seu reportório consta música tradicional portuguesa, e de outros países, jazz, espirituais negros e outro reportório de autores importantes do séc. XV ao séc. XX, tais como: Thomas Morley, Orlando de Lassus, J. Pachelbel, W. A. Mozart, etc. Pela sua direcção artística passaram figuras de relevo, das quais se destacam Armando Leça, Domingos da Silva Santos, Raul Casimiro, David Oliveira e Manuel Seabra. Atualmente, o Coro Misto do Orfeão de Matosinhos é dirigido pelo Prof. José Manuel Pinheiro.
O repertório escolhido para esta noite de celebração de abril foi : Achegate a Mim Maruxa; Canção de Embalar; Menino do Bairro Negro; Teto da Montanha; Mulher da Erva; Vejam Bem; Menino D’Oiro; Natal dos Simples, finalizando com Grândola Vila Morena.
A Escola de Ballet de Leça da Palmeira (EBLP) , criada em Outubro de 1993 e dirigida por Eduarda Vale, tem vindo a desenvolver o ensino da dança através do seu curso de formação e da produção de espetáculos. Consciente da importância que a dança tem sobre o desenvolvimento sensório-motor da criança, a escola propõe aulas a partir dos 3 anos de idade.
Ao fim de 19 anos de atividade, a EBLP tem já um longo historial, quer pelas bailarinas e professoras que formou, quer pelas inúmeras atuações e espetáculos que produziu.
Tem sido através do intercâmbio de experiências dos professores com os alunos, e com o público em geral, que esta escola tem enriquecido e crescido, orgulhando-se do lugar que ocupa no panorama cultural e artístico em que está inserida.
A fusão da dança da responsabilidade da EBLP com a música do Coro Misto do Orfeão de Matosinhos criou momentos de grande beleza no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
O tradicional fogo de artifício encerrou a noite de 24 de abril.
A cerimónia do Hastear de Bandeiras marcou a sessão do dia 25, que contou com a pela participação da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Leixões. Foram distribuidos de cravos pelas centenas de cidadãos que participaram nestas comemorações. Pelos 11 horas, o momento foi de solenidade junto aos Paços do Concelho com o Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto, o vice-presidente, Dr. Nuno Oliveira e Celestina Silva, 1ª Secretária da Assembleia Municipal, em substituição do Presidente da Assembleia Municipal, a hastearem as bandeiras do Munícipio de Matosinhos, de Portugal e da União Europeia.
