Não perca amanhã a “Entrevista de Vida” a Howard Jacobson, vencedor do Man Booker Prize.
No ano em que Matosinhos celebra a nomeação para Capital da Cultura do Eixo Atlântico, a mais internacional edição do LEV teve hoje como principal atração o italiano Claudio Magris, um dos intelectuais europeus mais influentes da atualidade.
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Claudio Magris nasceu a 10 de abril de 1939, filho de um corretor de seguros e de uma professora primária. Graduou-se em 1962 como germanista na Universidade de Turim. Depois de passar pela Universidade de Freiburg, foi professor de Língua e Literatura Germânica na Universidade de Turim (1970-1978) e atualmente ensina em Trieste, sua terra natal. Os seus livros, entre os quais se destacam Danúbio, Alfabetos e Às Cegas, contribuíram para o conhecimento literário da cultura europeia. Foi, aliás, o criador do conceito de Mitteleuropa. Em julho de 2013, o autor foi distinguido com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural e é apontado como um dos escritores favoritos ao Prémio Nobel da Literatura.
Em Matosinhos Claudio Magris falou sobre os seus livros, a sua obra e a matriz cultural que nos une, numa conversa conduzida pelo escritor e ensaísta Rui Tavares. Presentes na plateia estiveram o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, e o Vereador da Cultura, Fernando Rocha.
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No segundo dia do LEV destaque para uma conversa entre a escritora Teolinda Gersão e o poeta João Luís Barreto Guimarães.
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Interessante foi também ouvir os relatos das viagens de Filipe Morato Gomes. Cronista e fotógrafo de viagens, percorre o mundo em busca de histórias e pessoas que dão vida às suas reportagens. É fundador e editor do projeto Alma de Viajante, um portal sobre viagens em português, orienta workshops sobre Escrita de Viagens em instituições como a Fundação Oriente e a Fundação Serralves, e colabora com a agência de viagens Nomad, liderando viagens de aventura para locais como o Irão. Em 2004/2005, deu uma volta ao mundo com 14 meses de duração, que acabou vertida no homónimo livro. Em Matosinhos falou do Irão e do que resta do antigo Império Persa.
A Galeria Municipal acolhe desde hoje a exposição fotográfica “Um dia na Terra- fotografias do quotidiano do planeta”. A mostra de Gonçalo Cadilhe apresenta uma retrospetiva de duas décadas de trabalho como autor viajante.
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Gonçalo Cadilhe nasceu na Figueira da Foz, em 1968, onde continua a residir sempre que não se encontra em viagem por esse mundo fora. Licenciou-se em Gestão de Empresas na Universidade Católica do Porto e, depois de uma breve passagem pela rotina laboral na área de gestão, começou a viajar e a escrever sobre viagens de forma profissional em 1993. É autor de três documentários televisivos e de vários livros de viagens, sempre muito bem recebidos pelos leitores, que gostam de compartilhar a sua experiência de viajante já com duas décadas de «carreira». Em 2003-2004 deu uma volta ao mundo sem aviões, em 2007 deu outra seguindo a rota de Fernão Magalhães e em 2008 outra ainda, seguindo as suas ondas de surf preferidas. Quando lhe perguntam qual foi a sua melhor viagem, responde sempre: a próxima.
As fotografias expostas dão a conhecer vários continentes, culturas, paisagens e lugares por onde Gonçalo Cadilhe foi passando.
O LEV prossegue amanhã com a seguinte programação:
Galeria Municipal
15h00- “Entrevista de Vida” a Howard Jacobson
16h00- “Poderão os livros salvar o mundo?” com Clara Ferreira Alves e Ella Berthoud, numa conversa moderada por Pedro Vieira.
17h00- “Viagens na minha terra”-com Alberto S. Santos, David Toscana e João Ricardo Pedro.
18h00- “Novas Vozes”com Andrés Barba, Ilze Butkute e Josefine Klougart.
