13.06.11
As Festas do Senhor de Matosinhos, tal como já vem sendo uma tradição, estão associadas ao lançamento de um livro sobre a cidade.
Este ano, o tema incidiu no Cine-teatro Constantino Ney. Assinado por Belmiro Esteves Galego e Maia Gonçalves, “Theatro Constantino Nery- Resenha histórica através da imprensa local” resulta de um trabalho árduo de investigação ao longo dos últimos anos e que culminou na sua apresentação pública, no passado dia 10 de Junho, precisamente na renovada sala de espectáculos de Matosinhos.
Este ano, o tema incidiu no Cine-teatro Constantino Ney. Assinado por Belmiro Esteves Galego e Maia Gonçalves, “Theatro Constantino Nery- Resenha histórica através da imprensa local” resulta de um trabalho árduo de investigação ao longo dos últimos anos e que culminou na sua apresentação pública, no passado dia 10 de Junho, precisamente na renovada sala de espectáculos de Matosinhos.
O livro, editado pela Câmara Municipal, com o apoio da ANCIMA- Associação para a Animação de Matosinhos e do Fórum Matosinhense, dá-nos a conhecer em detalhe a vida do Cine-teatro Constantino Nery, desde a sua inauguração a 10 de Junho de 1905 até ao seu encerramento na década de 80. Recortes de jornais (nomeadamente do “Badalo” e do “Comércio de Leixões”, fotografias, bilhetes do próprio teatro, cartazes, programas dos concertos e espectáculos de variedades, são apenas alguns dos muitos aspectos curiosos que poderão ser descobertos neste livro.
“Cada um de nós tem uma história para contar sobre o Constantino Nery. Acolheu espectáculos tão variados como teatro, saraus musicais, espectáculos de variedades, boxe, ilusionismo ou propaganda política. O Constantino Nery era o espelho reflector da vida e da história do Concelho de Matosinhos”, contou Maia Gonçalves. Já Belmiro Galego, mais parco em palavras, dedicou o livro ao seu pai.
Depois de ter estado totalmente em ruínas e ameaçado de implosão, o Cine-teatro Constantino Nery acabou por ser adquirido pela Autarquia de Matosinhos que, após profundas obras de recuperação (num projecto do arquitecto Alexandre Alves Costa), o reabriu ao público a 15 de Novembro de 2008.
“Foi para mim um imenso prazer acompanhar o processo de renovação do Constantino Nery. Foi um dia de felicidade abrir as portas e restituir este espaço a todos os matosinhenses. Foi uma obra necessária, mas adiada. Parecia quase uma obra impossível, mas realizou-se um sonho de uma vasta comunidade”, disse o Vereador da Cultura.
Fernando Rocha elogiou ainda os autores do livro, “duas figuras de referência de Matosinhos”, afirmando: “Temos que fazer história com aqueles que melhor a conhecem”. “Com este livro, estamos a dar um futuro ao passado”, concluiu.
Também o presidente do Fórum Matosinhense, Dr. Manuel Tavares Rodrigues de Sousa, salientou que “Matosinhos é um ribeiro de nomes ilustres” em áreas como a pintura, ciência e investigação, literatura ou música. “Uns são matosinhenses de direito, outros por adopção, mas todos são matosinhenses do coração”, frisou. Este “árduo trabalho na recolha de informação” resulta, nas palavras do presidente do Fórum Matosinhense, numa “magnífica monografia digna de figurar em qualquer biblioteca privada ou pública”.
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, recordou aos presentes que o Cine-teatro Constantino Nery encerrou em 1989 com a projecção de um filme intitulado “O desejo da morte”, reabrindo em 2008 com a peça “O sétimo céu”, sublinhando, assim, a nova vida que este equipamento cultural deu não só a Matosinhos como à Área Metropolitana do Porto, tornando-se numa “peça estratégica mesmo a nível internacional”.
A sessão de lançamento do livro foi antecedida da abertura de uma exposição documental, no átrio do Cine-teatro, na qual estiveram expostos muitos dos documentos reproduzidos no livro.

Conteúdo atualizado em21 de junho de 2011às 09:13
