O palco do Cine-teatro Constantino Nery acolherá, mais logo à noite, uma experiência única para cada uma das 40 pessoas que tiverem a oportunidade de assistir ao mais recente projeto da Orquestra de Jazz de Matosinhos.
Este espetáculo está integrado no Projeto CARA ANO ZERO, o primeiro módulo de programação e provocação do projeto CARA, uma iniciativa que congrega a criação artística, a inovação tecnológica e o envolvimento de parceiros externos.
O espetáculo aborda a música enquanto organização de som no tempo e no espaço, proporcionando aos espectadores uma experiência musical e sensorial única.
Este sistema, constituído por várias colunas dispostas numa formação cilíndrica, criado por Rui Penha para este espetáculo concreto, em colaboração com o INESC/UP, envolverá a pequena plateia montada para estas apresentações. No interior, os espectadores poderão ouvir todas as potencialidades de espacialização sonora do “cilindro”, que modifica a interação entre as fontes sonoras e o espaço acústico.
Hoje e amanhã, pelas 22h30, a Orquestra Jazz de Matosinhos apresentará cinco obras originais de compositores portugueses- Filipe Lopes, Gustavo Costa, Igor Silva, Rui Penha e Rui Dias.
Os ensaios decorreram hoje. Este projeto conta com a participação, em duas composições e num solo, do prestigiado trompetista nova-iorquino Peter Evans, especialista em improviso, que interage e se sobrepõe a várias sonoridades como gargalhadas, bocejos, gemidos ou suspiros, e do percussionista Gustavo Costa.
A Orquestra Jazz de Matosinhos, recorde-se, iniciou em Novembro um ciclo de colaboração com novas vozes do jazz português, tendo convidado, para o primeiro concerto a cantora Sofia Ribeiro, vencedora do Prémio Revelação da prestigiada revista francesa Jazzman (pelo álbum “Ar”, de 2012). Este novo projeto da OJM, que ainda recentemente atuou no Festival Internacional de Jazz de Barcelona com o guitarrista Kurt Rosenwinkle, prosseguirá em 2015 com outra cantora convidada, Rita Maria.
