Vítimas de violência doméstica do distrito do Porto têm agora um espaço de acolhimento de emergência.
Em apenas uma década, a Câmara Municipal de Matosinhos coloca três equipamentos à disposição da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).
Depois da casa-abrigo e do centro de atendimento, a Delegação de Matosinhos e do Porto recebe agora, em regime de comodato, um espaço para o acolhimento de emergência de mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.
Para o efeito, foi assinado hoje, dia 14 de Janeiro, um protocolo entre as duas entidades.
O espaço, situado num dos conjuntos habitacionais geridos pela empresa municipal Matosinhos Habit, tem capacidade para acolher nove pessoas, “com todas as condições” para que, num período máximo de 72 horas, as vítimas possam, com todo o conforto e segurança, avaliar e decidir sobre novos caminhos a seguir, como esclareceu a Dr.ª Joana Salinas, presidente da Delegação de Matosinhos e do Porto da CVP.
Além deste novo espaço, dedicado ao projeto 5 Passos, de acolhimento urgente e transitório de vítimas de violência doméstica do género feminino que se encontrem em perigo, e de filhos menores, a Delegação de Matosinhos, em parceria com a Autarquia, tem também em funcionamento a Casa Abrigo “Recomeçar”. Existe ainda o Centro de Atendimento “Primeiro Passo” que assegura de forma gratuita e confidencial, todo o apoio psicológico, jurídico e social necessário às mulheres vítimas de violência.
“Matosinhos é percursor na luta contra a violência doméstica. Bem sei que, em tempos de crise, a primeira coisa que se coloca em causa são as políticas de prevenção, as políticas sociais. A minha experiência como Presidente do Fórum Europeu de Segurança Urbana diz-me exatamente o contrário. As políticas de prevenção são sete vezes mais baratas do que as políticas de repressão”, afirmou o Dr. Guilherme Pinto, na assinatura do protocolo que contou com a presença do Vice-presidente, Dr. Nuno Oliveira.
O Presidente da Câmara de Matosinhos considera que a “violência doméstica é um crime repugnante” e quem a sofre tem de ser efetivamente apoiado. Como tal, garante que Matosinhos continuará a dar resposta, com as verbas e espaços necessários, às vítimas de maus tratos, através das instituições que assim o solicitem.