As cidades “verdes” do futuro

Dentro de 30 anos, estima-se que a população mundial ascenda a 9,8 mil milhões de pessoas, sendo que quase 6,7 mil milhões resida em cidades, fenómeno que motiva inúmeras preocupações do ponto de vista da sustentabilidade das cidades.
O tema “As cidades ‘verdes’ do futuro” esteve hoje em debate numa conferência promovida pela Universidade Nova de Lisboa School of Business and Economics (SBE), em colaboração com a Comissão Europeia e integrada na 6.ª edição do ciclo de conferências Economia Viva.
A conferência realizou-se em formato digital e contou com a participação da Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.
Luísa Salgueiro defendeu que a inovação tecnológica pode contribuir para uma cidade mais sustentável, dando como exemplo Matosinhos, o primeiro município do país a criar a primeira Zona Tecnológica Livre (ZTL).
Este projeto, desenvolvido com o contributo do CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), pretende testar em ambiente real soluções inovadoras, capazes de induzir a alteração de comportamentos.
“Procuramos mudar a cidade, mudar o território”, referiu a autarca.
A área geográfica da ZTL de Matosinhos inclui zonas residenciais, equipamentos e serviços públicos, comércio local, instituições de ensino e formação, entidades culturais e de lazer, espaços públicos e áreas de serviços/industriais, reunindo, assim, condições favoráveis ao teste de soluções com elevado impacto ambiental e social.
Além de Luísa Salgueiro, a conferência contou com a participação do professor associado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) Filipe Duarte Santos, da vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Cascais, Joana Pinto Balsemão, e da economista do Environmental Economics Knowledge Center da Nova SBE, Sofia Franco.
A aposta em novos modelos de desenvolvimento das cidades, a existência de áreas verdes, a adoção do transporte público em detrimento dos meios de transporte tradicionais como o automóvel, a adoção de meios de transporte amigos do ambiente, a alteração dos critérios de avaliação das cidades, foram algumas das medidas que os oradores abordaram nas suas intervenções.