8.º aniversário da doação da Cascata Leceira pelo artesão José Moreira assinalado com muita animação
A Cascata Leceira patente ao público na Casa do Bosque, no Museu da Quinta de Santiago, foi doada à Autarquia pelo Mestre José Moreira, recentemente falecido. Com cerca de 15 m2, a cascata retrata com pormenor a Leça da Palmeira dos anos 20/30 do século XX, época em que era uma importante estância de veraneio, frequentada por artistas, pela burguesia portuense e pela comunidade inglesa. As cerca de 300 peças e bonecos presentes nesta obra, diversas com movimento, foram construídas com perícia, ao longo de décadas.
Na Cascata Leceira cada casa, cada figura tem uma história e um significado para o seu autor. Nela encontramos os principais lugares e monumentos de Leça – o Rio Leça e as suas seis pontes (destruídas durante as obras de construção do Porto de Leixões), as praias, a Igreja Matriz, o Forte de N. Senhora das Neves, o Farol; as vivências e tradições, em parte já perdidas – as romarias de S. João da Boa Nova, Senhor de Matosinhos (com a feira das louças, as bancas, o Teatro dos Robertos, …), as procissões; as artes e os ofícios – a lavoura, a lavadeira, os vendedores, a leiteira, o pescador ou o sapateiro; as figuras ilustres da terra – o poeta António Nobre, o marítimo José Rabumba, o padre.
Uma das formais mais tradicionais de festejar os santos populares era através da criação de cascatas de pequenas figuras de cerâmica. Um exemplar notável e histórico dessas cascatas está em exposição na Casa do Bosque do Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, justificando o arraial que ali deveria ter tido lugar durante todo o dia 22 de junho, especialmente destinado ao público escolar, sénior e com necessidades especiais, mas que devido às condições meteorológicas, foi adiado para ontem, dia 27 de junho.
Criação do mestre José Moreira, a cascata leceira retrata pormenorizadamente Leça da Palmeira dos anos 1920 e 1930, contando com cerca de 300 peças e bonecos. Ali se veem o Rio Leça e as suas seis pontes (destruídas durante as obras de construção do Porto de Leixões), as praias, a Igreja Matriz, o Forte de N. Senhora das Neves e o farol, mas também tradições já desaparecidas e as artes e os ofícios de outrora.
Com uma área total de cerca de 15 metros quadrados, a cascata foi doada à Câmara Municipal de Matosinhos há oito anos e pode ser visitada durante todo o ano, embora ganhe especial importância durante a época dos santos populares e com o arraial que acontece sempre por esta altura.
O ponto alto deste arraial foi a apresentação de marchas populares de grupos da ALADI – Associação Lavrense de Apoio ao Diminuído Intelectual, Associação Rumo à Vida, Associação Baptista Ágape e AAJUDE – Associação de Apoio à Juventude Deficiente. Cor, alegria, muita música e dança marcaram indelevelmente as marchas populares e contagiaram o público presente.
A tarde ficou ainda marcada por diversas visitas à Cascata, pelos jogos tradicionais e por demonstrações de brinquedos antigos, a cargo do leceiro João Cadilhe.
O arraial terminou em beleza com a realização de uma gincana de bicicletas, prova que contou com a participação divertida e com a perícia de jovens da Gondomar Social.
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