A Casa da Arquitectura e o Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP) assinaram esta tarde, no Salão de Chá da Boa Nova, um protocolo de colaboração que deverá permitir que as duas instituições estabeleçam doravante parcerias em diversos projetos, facilitando a investigação, preservação e divulgação do trabalho dos arquitetos que, espalhados pelos cinco continentes, se expressam em Português.
O documento foi assinado pelo presidente da Casa da Arquitectura e da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, e pelo presidente do CIALP, João Belo Rodeia. Na cerimónia estiveram ainda presentes a presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Palmira Macedo, o vereador da Cultura, Fernando Rocha, e o diretor executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio.
Ilustrando o grande potencial da parceria agora estabelecida, Guilherme Pinto explicou que Matosinhos pretende transformar em realidade uma rede de cidades que partilham lendas semelhantes àquela que está associada à imagem do Senhor de Matosinhos e também das cidades, por exemplo no Brasil, para onde foi exportada esta devoção. “Este protocolo permitirá que a rede de arquitetos espalhada pelo mundo nos ajude a perceber por onde estão espalhadas estas marcas da cultura portuguesa, e a estudá-la. Esta pode ser uma das futuras exposições da Casa da Arquitectura”, explicou Guilherme Pinto.
O CIALP, refira-se, é uma organização não-governamental constituída pelas associações profissionais de arquitetos dos países e territórios de língua portuguesa, representando cerca de 150 mil arquitetos (cerca de 10% dos arquitetos em todo o mundo). O protocolo agora assinado permitirá divulgar nacional e internacionalmente o trabalho dos arquitetos lusófonos, permitindo trocar acervos e espólios de um número alargado de profissionais e trazer a Portugal, e à futura Casa da Arquitetura, relevantes exposições já existentes e apresentadas em outros pontos do mundo.
João Belo Rodeia sublinhou, aliás, que a Casa da Arquitetura, sendo a única estrutura nacional dedicada ao estudo e preservação do espólio de arquitetos, poderá desempenhar um papel importante para todos os arquitetos representados pela organização a que preside.
