77.º Aniversário do nascimento de uma das maiores referências da arte contemporânea portuguesa
Hoje, dia 17 de fevereiro, assinala-se o 77.º aniversário do nascimento da artista Armanda Passos, uma das maiores referências da arte contemporânea portuguesa.
Natural de Peso da Régua, Armanda Passos licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas Artes do Porto e expunha regularmente desde 1976. A sua obra é marcada pela presença constante da figura humana, principalmente da figura feminina.A artista faleceu em outubro de 2021.
Armanda Passos foi professora de Serigrafia no Centro de Reabilitação Vocacional da Granja, monitora de Tecnologia da Gravura na Escola Superior de Belas Artes do Porto e membro do grupo "Série" Artistas Impressores. Ao longo da sua carreira, das várias distinções que recebeu, destaca-se o Prémio do Ministério da Cultura na Exposição "Homenagem dos artistas portugueses a Almada Negreiros", em Lisboa.
Por vontade da artista, foi doado no ano de 2011 à Câmara Municipal, a obra Desenho sobre tela “Sem Título”, que está exposta na receção da Biblioteca Municipal Florbela Espanca e ainda “Com os Deuses do Céu”, óleo sobre tela ao Museu da Quinta de Santiago, sendo apenas retirada em caso de exposições temporárias realizadas no Museu.
Em Portugal, a obra de Armanda Passos está representada em várias galerias e museus, como o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, o Museu Berardo, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação do Oriente, a Fundação de Serralves, a Fundação Champalimaud, o Ministério da Cultura, o Ministério da Justiça, a Reitoria da Universidade do Porto, entre outros.
A extensa produção da artista é marcada pelo recurso constante à figura humana, principalmente à figura feminina que é trabalhada duma forma muito própria. Figuras arredondadas, de proporções gigantescas e exageradas surgem quase como recusa da representação do concreto, transportando-nos assim para um mundo imaginário onde o sonho e a realidade se fundem. A ausência de fundos trabalhados é outra característica da obra Armanda Passos. Esta renúncia acentua a força da figuração onde a cor ou a ausência demarcam os estados do representado.