A Biblioteca Municipal Florbela Espanca foi o local escolhido para a apresentação do livro de poesia "A Próxima Cor" de Daniel Maia-Pinto Rodrigues que decorreu no passado sábado, 23 de fevereiro, pelas 17h00.
Guiado por uma voz interior e uma escrita precisa e de pormenor, o leitor é levado à descoberta de um novo velho mundo. O mundo delicado que fica logo ali, ao abrir da porta. O mundo da luz real. Da luz sossegada. O mundo dos ramos das árvores. Das folhas. O mundo dos charcos, dos lírios, das camélias e das tangerinas. Das perdizes e dos perdigueiros. Do lobo e do gato. Mas também o mundo das sombras. Das sombras que nascem, que crescem, e que nos acompanham no trilhar dos caminhos, até desaguarem nas noites. Nas nossas noites. Nas noites que nos fazem, e que nos transportam a cada novo dia ‐ com a força de tudo o que somos, e tudo o que nos levam a ser ‐ para o próximo eu. Para a próxima cor.
Daniel Maia-Pinto Rodrigues nasceu no Porto em 1960 e é originário de uma família matosinhense. A sua avó, Maria Tereza, era a filha mais velha do filósofo e auto-didata de Matosinhos, José Teixeira Rego. A sua obra foi iniciada com Vento (1983) e prosseguida com Conhecedor de Ventos (1987). O Valete do Sétimo Naipe (1994), o Céu a Seu Dono (1997), a Sorte Favorece os Rapazes (2001), o Corredor Interior (2006), a Casa Da Meia Distância (2010) são mais alguns exemplos de obras deste autor.
O livro "A Próxima Cor" recebeu o 1º Prémio Nacional Foz-Côa Cultural e Menção Honrosa / Novos Valores da Cultura, atribuída pelo Ministério da Educação e Cultura, segundo parecer do júri constituído por Fiama Hasse Pais Brandão, Vasco Graça Moura e José Fernando Tavares.
A sua obra poética, vasta e de qualidade inequívoca, mereceu a atenção crítica de autores como Manuel António Pina, Rosa Maria Martelo ou Mário Cláudio. O autor é assíduo convidado das "Quintas de Leitura" no Teatro Campo Alegre”.