Concerto com o Quarteto de Cordas de Matosinhos na sexta-feira, 9 de junho
O que acontece quando se combina, no interior de um palacete acabado de restaurar, o mais conceituado clarinetista português com um agrupamento que é considerado um "caso singular de excelência no panorama musical português"? Um momento inesquecível, provavelmente. Para confirmá-lo basta assistir ao concerto que juntará António Saiote e o Quarteto de Cordas de Matosinhos, marcado para na sexta-feira, 9 de junho, pelas 21h30, no renovado Palacete Visconde de Trevões. A entrada é gratuita.
Integrado no ciclo de música de câmara da Câmara Municipal de Matosinhos, o concerto contará com um repertório que promete ser inspirador, composto pelo “Quinteto com clarinete em Si menor, op. 115”, que Brahms escreveu em 1891, e pelo “Quinteto com clarinete” que Sérgio Azevedo compôs em 2011.
O “Quinteto com Clarinete” de Brahms, escrito para o clarinetista Richard Mühlfeld, representa o regresso do compositor à criação musical. Um ano depois de ter anunciado que não voltaria a compor, Brahms ouviu Mühlfeld tocar e não resistiu: apaixonou-se por um instrumento que nunca, até então, o interessara. Nos três anos seguintes, o compositor viria, de resto, a criar também o “Trio opus 114” e as duas sublimes sonatas para clarinete e piano, referências incontornáveis do repertório para o instrumento em que António Saiote se destacou.
Inspirado pela escuta do quinteto de Brahms, Sérgio Azevedo compôs também um quinteto cuja melancolia outonal não disfarça as óbvias referências a um romantismo tardio, nomeadamente uma muito escondida citação de Schubert e o uso de elementos da música popular da Europa Central. Pelo seu carácter introspetivo, o quinteto do compositor português revela uma grande afinidade com o do seu ilustre antecessor, conferindo-lhe, porém, uma feição contemporânea.
António Saiote, refira-se, foi solista na orquestra do Teatro Nacional de São Carlos e na Régie Sinfonia. Foi ainda titular da Orquestra Nacional de Sopros dos Templários e assistente da Orquestra Clássica do Porto, tendo atuado como solista e ensinado em mais de trinta países da Ásia, Europa, América e África do Norte. Já o Quarteto de Cordas de Matosinhos foi criado pela câmara municipal em 2008, tendo conquistado em 2014 o prémio Rising Stars da Organização Europeia de Salas de Concerto.
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