Proposta reuniu a unanimidade do júri na votação.
“De uma profunda originalidade”, assim foi considerada a proposta apresentada pelo arquiteto André Tavares pelo júri da 10ª edição do Prémio Távora.
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A proposta “Ruínas, ou do Livro de Arquitetura” foi escolhida por unanimidade, pelo júri presidido pelo escritor Valter Hugo Mãe, e constituído pelos arquitetos José Manuel Botelho, João Luís Carrilho da Graça (nomeado pela Casa da Arquitectura), Pedro da Rocha Vinagreiro (em representação da Ordem dos Arquitectos da Secção Regional do Norte) e Luísa Távora, em representação da família do arquiteto Fernando Távora. Para o júri, a proposta vencedora distingue-se “por uma profunda originalidade: percurso por edifícios e edições originais de livros em Roma, Vicenza, Paris e Londres, a fim de, através da história do livro de arquitetura, sintetizar a cultura arquitetónica europeia".
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André Tavares nasceu no Porto, em 1976, e frequentou a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde se licenciou em 2000 e doutorou em 2009.
Tem atividade esporádica como arquiteto e publica com regularidade artigos de crítica, teoria e história da arquitetura, sendo autor, entre outros, das obras "Arquitetura Antituberculose, trocas e tráficos na construção terapêutica" (Faup-publicações, 2005), "Os fantasmas de Serralves" (Dafne, 2007), e "Duas Obras de Januário Godinho em Ovar" (Dafne, 2012).
É coordenador editorial da Dafne Editora, onde dirige as coleções "Equações de Arquitetura", "Opúsculos" (2007-2011) e "Fora de Série", e comissário geral - com Diogo Seixas Lopes - da Trienal de Arquitetura de Lisboa 2016.
André Tavares foi anunciado como vencedor ontem no Salão Nobre dos Paços do Concelho, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, da Presidente da Assembleia Municipal, Palmira Macedo, do Vereador da Cultura, Fernando Rocha, do Diretor Executivo da Associação Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, de João Santa- Rita, do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, da Presidente da Secção Regional do norte da Ordem dos Arquitectos, Cláudia Costa Santos, e do escritor Valter Hugo Mãe, que protagonizou ainda uma conferência intitulada “A Viagem”.
Instituído pela Câmara Municipal de Matosinhos/Casa da Arquitectura e pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN), o Prémio Fernando Távora recebeu para a 10ª edição 23 candidaturas, avaliadas por um júri que, para além de Valter Hugo Mãe, contou com a participação dos arquitetos José Manuel Botelho, João Luís Carrilho da Graça (nomeado pela Casa da Arquitectura) e Pedro da Rocha Vinagreiro (em representação da OASRN), e de Luísa Távora, em representação da família do arquiteto Fernando Távora.
Atribuído anualmente, o Prémio Távora é constituído por uma bolsa de viagem para o melhor projeto de investigação na área da arquitetura. Nas edições anteriores foram distinguidos os arquitetos Nelson Mota (“Viagem ao espaço doméstico e às cidades da burguesia do final do século XIX”), Sílvia Benedito (“Quadrícula Emocional – um urbanismo híbrido entre natureza e arquitetura nas cidades atlânticas portuguesas do século XVII), Maria Moita (“Arquitetura para o desenvolvimento. Intervenções de emergência e de permanência no sudoeste asiático”), Cristina Salvador (“Diário do Deserto – Namibe 2009″), Armando Rabaça (“De La Chaux-de-fonds à Voyage d Orient – A promenade architecturale e o espaço/tempo em Le Corbusier”), Marta Pedro (“A Song to Heaven ou o Japão Sublime em Frank Lloyd Wright: da viagem de 1905 ao Legado na Arquitetura Moderna Japonesa”), Paulo Moreira “Exploratório Urbano da Chicala: Um percurso alternativo pela topografia pós-colonial de Luanda, Angola”), Sidh Mendiratta (“Domus-fortis in Æquator: A segunda vida da casa-torre de origem Europeia no antigo Estado da Índia”) e Susana Ventura (“Expedição a uma arquitetura intensiva”).
Para a concretização da proposta “Ruínas, ou do Livro de Arquitectura”, André Tavares irá receber uma bolsa de viagem no valor de seis mil euros para percorrer as cidades de Roma, Veneza, Paris e Londres, entre 7 de julho e 4 de agosto, visitando e consultando livros das construções arquitetónicas daquelas cidades europeias. No final da viagem, segundo o júri, "será possível, através da história do livro de arquitetura, pensar uma síntese da cultura arquitetónica europeia".
A conferência do vencedor e o anúncio público da constituição do júri e abertura da 11ª edição do Prémio decorrerá a 05 de outubro de 2015, Dia Mundial da Arquitetura.
