01.03.12
A extinção da freguesia, a instalação das plataformas logísticas de Leixões e o desemprego foram as principais questões abordadas.
À semelhança do mandato anterior, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos tem vindo a promover encontros de cidadania, verdadeiros espaços de reflexão, recolhendo os contributos dos principais atores do Concelho.
Na primeira edição do Ciclo de conferências “Agitar Matosinhos”, ocorrida no ano passado, o Dr. Guilherme Pinto ouviu as propostas que os jovens estudantes das escolas secundárias e dos estabelecimentos do ensino superior apresentaram para o futuro da cidade.
A II edição do “Agitar Matosinhos” arrancou no dia 27 de fevereiro, em Custóias, e até maio, irá passar pelas dez freguesias do Concelho. Ontem, dia 29 de fevereiro, foi a vez do centro Cívico de Guifões debater o futuro de Matosinhos.
“Entendo que o diálogo com os cidadãos é sempre frutífero. Temos vindo a responder a uma estratégia que garanta ao cidadão bem-estar e qualidade de vida. Mas a Câmara não pode fazer tudo sozinha. Há sempre coisas a melhorar”, adiantou o edil.
A requalificação do parque escolar, os equipamentos da área social, o programa municipal de apoio ao arrendamento, o ambiente e a requalificação da orla costeira foram os principais projetos concretizados desde o início do mandato do atual Executivo, iniciado em 2005.
Contudo, o Dr. Guilherme Pinto manifestou ao público presente que a sua principal preocupação prende-se com o desemprego: “Atingimos em janeiro mais de 10 mil desempregados. A Câmara não pode dar emprego, mas pode criar condições para atrair o investimento privado”. O Ikea, o computador Magalhães, o Espaço Quadra no Mercado Municipal de Matosinhos e na Rua Brito Capelo, as indústrias criativas, os canais de televisão, os investimentos do Porto de Leixões, da Petrogal, da Ramirez e da Unicer são alguns desses exemplos.
O turismo, a gastronomia, a cultura, a orla costeira, são igualmente áreas que têm merecido da parte da Autarquia uma especial atenção nos últimos anos.
O Presidente da Câmara mostrou ainda estar em desacordo com a proposta do Governo de reforma autárquica, que prevê a extinção de várias freguesias em todo o país. Matosinhos não é exceção. “A função da junta é ter uma relação de proximidade com os cidadãos. Por isso, fui o primeiro presidente de câmara a manifestar a minha solidariedade para com os presidentes de junta de Guifões, Carmim Cabo, e de Leça da Palmeira, Pedro Sousa”, referiu.
O atraso no arranque das obras das plataformas logísticas de Gatões e de Gonçalves, a insolvência da empresa FDO que deixou a meio a obra da Escola da Lomba, o desemprego e a situação dos trabalhadores da EMEF, a instalação de mini-hídricas no rio Leça, o alargamento das ruas da Boa Hora e Joaquim Neves dos Santos, foram as questões levantadas pelo público.
Com esta iniciativa, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos pretendeu ouvir as ideias que os matosinhenses têm para a sua terra, convidando-os a fazer parte do processo de criação de uma cidade nova.
O próximo debate do “Agitar Matosinhos” marcado para o dia 5 de março, terá lugar no Centro Cultural de Leça do Balio, a partir das 21h30. A entrada é livre.
Conteúdo atualizado em1 de março de 2012às 14:54
