Exposição na Galeria Municipal de Matosinhos até 9 de novembro
Pela primeira vez, dois dos mais importantes nomes do surrealismo português e europeu surgem juntos numa exposição na Galeria Municipal de Matosinhos.
Com curadoria de Dalila D’Alte Rodrigues, “A Fusão dos Opostos: Cruzeiro Seixas / Eurico Gonçalves” abriu portas na tarde de ontem, sábado, dando a conhecer, em Matosinhos, 76 obras (pintura, desenho e objetos), algumas das quais nunca vistas antes publicamente, que refletem o antagonismo expresso nos seus estilos tão distintos.
A Presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, a Presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Palmira Macedo, o Vereador da Cultura da autarquia, Fernando Rocha, o Presidente da União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Pedro Sousa, e os artistas Cruzeiro Seixas e Eurico Gonçalves marcaram presença na cerimónia de inauguração.
Cruzeiro Seixas nasceu em 1920, na Amadora. Pintor, escultor e poeta, o seu longo percurso artístico inclui uma fase expressionista, outra neo-realista e ainda outra, com início no final dos anos 40, mais prolongada e inspirada pelo trabalho do artista italiano De Chirico.
É nesta altura que integra o movimento Surrealista Português, ao lado de Mário Cesariny, Carlos Calvet, António Maria Lisboa, Pedro Oom ou Mário Henrique Leiria.
Cruzeiro Seixas expôs as suas obras em Angola, país que deixou durante a guerra colonial, refugiando-se na Europa.
Em Portugal, está representado em instituições como o Museu do Chiado, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Biblioteca Nacional de Portugal, a Biblioteca de Tomar, a Fundação Cupertino de Miranda, o Museu Machado de Castro, em Coimbra, o Museu de Castelo Branco ou a Fundação António Prates, entre outras.
Já Eurico Gonçalves nasceu em 1932 em Penafiel. Pintor, professor e crítico de arte, publicou artigos sobre temáticas como a Expressão Plástica das Crianças, o Dadaísmo, a Filosofia Zen ou a Escrita.
Entre as várias distinções que recebeu, destaque para o Prémio Almada Negreiros, em 1998, e para o Grande Prémio da Bienal de Vila Nova de Cerveira, em 2005.
O percurso artístico conta com uma fase inicial surrealista, originária das teorias freudianas na vertente do fantástico, evoluindo depois para um abstracionismo não-geométrico e gestual.
O trabalho de Eurico Gonçalves está representado em diversas instituições culturais e colecionadores particulares quer portugueses quer estrangeiros, como é o caso da obra exposta na Galeria Municipal do colecionador Prof. Doutor Werner Tobias, na Alemanha.
Com entrada livre, a exposição pode ser vista na Galeria Municipal até ao dia 9 de novembro, no seguinte horário: de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30, e das 14h00 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 15h00 às 18h00.
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