
Mais de 12 mil pessoas passaram pelas instalações da antiga Real Vinícola nos últimos três dias.
Durante três dias, a Casa da Arquitectura transformou-se no palco de uma grande festa.
Inaugurada pelo Primeiro-ministro, António Costa, no passado dia 15 de novembro, a Casa da Arquitectura presenteou no último fim-de-semana os 12 173 visitantes com um programa muito variado, onde não faltaram as exposições, as performances, os debates, as visitas orientadas, os filmes, a música e as atividades para crianças e famílias.
Na sexta-feira, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, visitou o espaço, acompanhado pela Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, pela Presidente da Assembleia Municipal, Palmira Macedo, pelo Vice-presidente da Autarquia, Eduardo Pinheiro, pelos vereadores Fernando Rocha e António Correia Pinto, pelo presidente da Casa da Arquitectura, Dias da Fonseca, pelo diretor da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, entre outros convidados.
À noite, o público foi contemplado com uma performance contagiante do grupo de percursão Be- Dom, conhecido pelos sons e ritmos que cria a partir de objetos como latas, bidões ou garrafas.
Também à noite foi inaugurada a exposição “Poder Arquitectura”. Comissariada pelos arquitetos Jorge Carvalho, Pedro Bandeira e Ricardo Carvalho, a exposição ocupa os cerca de 800 metros quadrados da Nave Expositiva com uma proposta de reflexão em torno de “oito poderes que se alinham, infletem e divergem entre si”.
A mostra reúne fotografias, maquetas, livros, desenhos, ví¬deos, revistas, postais e outros materiais em torno de uma centena projetos de arquitetura construí¬dos à volta do mundo.
A exposição estará aberta ao público até 18 de março de 2018.
Também na sexta-feira foi inaugurada a exposição da décima edição da Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Urbanismo – X- BIAU. Depois de S. Paulo, Milão e Sevilha, chegou a vez de Matosinhos receber esta exposição que estará patente até ao dia 4 de fevereiro de 2018.
Com o tema “Desplazamientos, Deslocamentos, Displacements” e comissariada pela dupla de arquitetos espanhóis Ângela García de Paredes e Ignacio G. Pedrosa, a bienal recebeu, nesta edição, um total de 1.111 projetos, dos quais foram premiados 26 projetos, seis livros, duas publicações e uma coleção de ví¬deos. Destaque para os trabalhos dos portugueses Eduardo Souto Moura, atelier Aires Mateus (sede da EDP e Casa no Tempo, do Alentejo), atelier SAMI – um coletivo de Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira (casa E/C no Pico, Açores), João Mendes Ribeiro, Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos (Arquipélago, Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, São Miguel, nos Açores.
Além das exposições, realizaram-se no fim-de-semana as primeiras conferências “Please Share!”, dedicadas à temática da Edição e Curadoria, com a participação de convidados nacionais e internacionais, entre os quais, Roberto Cremascoli.
Também as conversas geraram muito interesse por parte do público, nomeadamente a que teve Eduardo Souto de Moura como protagonista. O arquitecto premiado esteve à conversa com Nuno Sampaio, Ângela Paredes, Ignacio Pedrosa e Jorge Figueira.
A música regressou no sábado à noite à Real Vinícola e contou com casa cheia. A Orquestra Jazz de Matosinhos apresentou no novo espaço CARA- Centro de Alto Rendimento Artístico a peça “Costa Muda”, composta por Luís Tinoco, a partir do filme histórico “Naufrágio do Veronese” produzido pela Invicta Filmes com imagens reais das operações de salvamento.
Além de “Costa Muda”, foram também projetadas as curtas-metragens realizadas por João Canijo, Tiago Guedes, Sandro Aguilar, Francisco Moura e Margarida Cardoso, para assinalar o centenário do naufrágio, acompanhadas pela música de Mário Laginha, Pedro Guedes, Carlos Azevedo, Ohad Talmor e Bernardo Sassetti.
No que respeita à dança, a Companhia Instável marcou presença com várias atuações dos seus coreógrafos- bailarinos num diálogo com os vários espaços da Casa da Arquitectura.
Também o circo animou a festa! Artistas da Erva Daninha fizeram as delícias do público com as suas técnicas de malabarismo, manipulação de objetos, trapézio e tecido acrobático.
Ainda relativamente a performances, destaque para o Baile dos Candeeiros pela Companhia RADAR 360º.
Também no fim-de-semana houve muitas atividades promovidas pelo Serviço Educativo da Casa da Arquitectura. Destaque para as visitas orientadas à Casa da Arquitectura pelo arquiteto autor do projeto Guilherme Vaz.
A pensar nas crianças, realizaram-se ainda muitas oficinas, jogos e leituras encenadas.
O programa inaugural da Casa da Arquitectura prolonga-se até amanhã, com a exibição, pelas 18h30, no Museu dos Coches em Lisboa, do filme "Tudo é Projeto" de Joana Mendes da Rocha e Patrícia Rubano, sobre o arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha.
No final da exibição do filme, haverá uma conversa com a realizadora, Joana Mendes da Rocha, Guilherme Wisnik, Comissário da Coleção Arquitetura Brasileira e o diretor-executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio. A entrada é livre.
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