“Exploratório urbano da Chicala: Um percurso alternativo pela topografia pós-colonial de Luanda, Angola” foi a proposta vencedora.
A distinção foi atribuída, dia 2 de Abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao arquiteto Paulo Moreira, licenciado em 2005 pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, contemplado com uma bolsa de seis mil euros.
O júri, constituído pelo arquiteto Walter Rossa, o historiador José Mattoso, o arquiteto Nuno Grande (em representação da Ordem dos Arquitetos Secção Regional do Norte), o arquiteto Ricardo Vieira de Velo (nomeado pela Casa da Arquitetura) e o Eng. António Ferrão (família de Fernando Távora), considerou que a proposta “recupera a função social da arquitetura” e dá a conhecer “uma nova realidade urbana e social da era pós-colonial”.
O vencedor confessou, por seis vezes, ter concorrido ao Prémio Távora: “Apresentei candidaturas de viagens sempre diferentes e finalmente fui reconhecido”. O anúncio da 7ª edição do Prémio Távora foi antecedido de uma conferência intitulada “Himalayan Express: a pedagogia da viagem” por Walter Rossa e a respetiva análise por José Mattoso, para quem “esta viagem à Índia deve ter sido uma viagem inesquecível”. “O Prémio Távora não traz genialidade às obras, mas pretende estimular o esforço para alcançar o melhor”, disse.
O Prémio Fernando Távora destina-se a perpetuar a memória do arquiteto, valorizando a importante contribuição da viagem e do contacto direto com outras realidades, na formação da cultura do arquiteto.
O Vereador da Cultura, Fernando Rocha, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, agradeceu “ a todos os que mantêm vivo este Prémio e a memória de uma das maiores referências da escola de arquitetura do Porto”.