
A arquitecta Maria Moita é a vencedora da 3ª Edição do Prémio Távora pela apresentação de um projecto de uma viagem para estudar a “Arquitectura para o desenvolvimento. Intervenções de emergência e de permanência no sudoeste asiático”. O anúncio foi feito no dia 7 de Abril no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos.
O Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto, presidiu à cerimónia de anúncio da vencedora, acompanhado na mesa da presidência pela arquitecta Teresa Novais, Presidente da Ordem dos Arquitectos – Secção Norte, pelo arquitecto Manuel Correia Fernandes, da Ordem dos Arquitectos, pelo Vereador da Cultura da Câmara Municipal, Fernando Rocha, e pelo Prof. Doutor João Lobo Antunes, membro do Júri.
Através da apresentação de um projecto de uma viagem para estudar a “Arquitectura para o desenvolvimento. Intervenções de emergência e de permanência no sudoeste asiático” a arquitecta Maria Moita venceu esta edição do Prémio.
O júri, composto por Nuno Teotónio Pereira, Eduardo Souto de Moura, Filipa Guerreiro, João Lobo Antunes e Ferrão Afonso, justificou a sua escolha pelo facto de a proposta apresentada por Maria Moita manifestar “a convicção de que a arquitectura pode e deve ser uma mais-valia no processo de reconstrução em locais remotos que sofreram as consequências devastadoras de desastres naturais ou bélicos”.
O Prémio Fernando Távora é uma iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos e da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos e tem o valor de 5.000 euros, para ser utilizado numa viagem de investigação, que deverá resultar num registo documental e numa conferência. Nesta edição concorreram 24 arquitectos, com propostas que, em grande parte, se destacaram “pela qualidade e excelência”, notou o júri.
No seu projecto, a arquitecta premiada propõe-se visitar países como Timor-Leste ou o Siri Lanka e analisar, “in loco”, o papel que a arquitectura teve (e pode continuar a ter) nestes dois países respectivamente afectados pelos conflitos anteriores à independência de 1999 e pelo tsunami do Natal de 2004. Dará, assim, sequência ao trabalho em que já esteve envolvida em Timor, em 2002/3, onde participou na construção e reconstrução de escolas promovidas pelo Banco Mundial e pelo Ministério da Educação do jovem país. Licenciada pela Faculdade de Arquitectura do Porto e com pós-graduação na Universidade Politécnica da Catalunha, em Barcelona, Maria Moita visitou já também Moçambique, onde investigou a relação da arquitectura com a descolonização.
Notícia em Audio/MP3