Contribuir para a interação entre diversas áreas relacionadas com o Mar e promover a sensibilização do público quanto aos benefícios que podem ser obtidos a partir da exploração sustentável do recurso “Mar” são os principais objetivos do Fórum do Mar, evento organizado pela Oceano XXI e AEP- Associação Empresarial de Portugal, e que já vai na sua terceira edição.
Ao longo dos próximos três dias, profissionais e investigadores científicos dos diferentes sectores que integram a Economia do Mar debatem na Exponor os Desafios do Mar até 2020. São eles: aquicultura; conservas; construção e reparação naval; energias marítimas; I&D em produtos, tecnologia e biotecnologia; pesca, conservação e distribuição de pescado; portos e transportes marítimos; salicultura; serviços marítimos; sustentabilidade; turismo náutico.
Na sessão de abertura, dedicada ao Mar na estratégia da União Europeia, o presidente da AEP, José António Barros, frisou que o mar, apesar de constituir uma fonte inesgotável de recursos para Portugal, tem sido “quase sempre ignorado”. Como tal, entende que a economia do mar deve ser direcionada para o sector portuário, pescas, transformação e conservação do pescado, aquacultura, lazer e turismo, produção de energias off-shore, e exploração dos recursos marinhos.
Também José Ribau Esteves, presidente da Oceano XXI, defende que o próximo quadro comunitário 2014-2020 deve apoiar o investimento na área do mar, opinião, de resto, partilhada pelo presidente da CCDRN- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Carlos Neves considera que o mar deve ser considerado prioritário para que, até 2020, o peso do sector da economia do mar duplique de 2 para os 4% no Produto Interno Bruto.
O mar faz também parte da estratégia definida pelo atual Executivo da Câmara Municipal de Matosinhos, liderado por Guilherme Pinto, assente na fórmula “Mar+ Movimento + Cultura”. “Em apenas seis anos, vimos nascer uma nova ponte móvel, uma nova portaria, um conjunto de projetos que estarão concluídos em 2014, como a Plataforma Logística de Leixões, o Terminal de Cruzeiros, uma nova marina. Por isso, fizemos investimentos na orla costeira, no ambiente, no turismo”, explicou o autarca.
Para o Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, “é fundamental que todos os portugueses adotem o mar”. Relativamente ao próximo quadro comunitário de apoio, afirma que “Portugal tem que saber aproveitar esta oportunidade”. “A Europa marítima está em marcha”, sintetizou.
O Fórum do Mar conta, este ano, com uma exposição de produtos, serviços e tecnologias, encontros de negócio com convidados internacionais e nacionais, além de conferências e workshops sobre conhecimento e economia do mar.
