Intervenção, no valor de 13 milhões de euros, beneficiará quase 2.500 arrendatários.
O Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos lamenta que tenha que “parar obras no próximo ano” por falta de financiamento. O Dr. Guilherme Pinto falava hoje, dia 30 de Novembro, durante uma visita ao Conjunto Habitacional da Lagoa, na Senhora da Hora, recentemente intervencionado no âmbito do PROHABITA- Programa de Financiamento para Acesso à Habitação.
A Autarquia tem em curso um intenso programa de reabilitação e requalificação de 13 bairros sociais semi-degradados, quer no seu interior quer nos espaços comuns. A obra envolve 797 fogos e 2.386 pessoas, num investimento de 13 milhões de euros. “Temos uma candidatura ao PROHABITA de mais de 10 milhões de euros, mas com as novas regras e os cortes no Orçamento de Estado, vamos ter que deixar de recuperar casas. O mesmo acontece com as obras que candidatamos ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). Estamos impossibilitados de recorrer a empréstimos. As novas regras apenas beneficiam quem não cumpre. Quem se endividou ao máximo, arrasta aqueles que não se endividaram, mas que agora estão limitados no acesso a empréstimos bancários.
Tenho pena de ter que interromper este processo, porque não nos deixam ir buscar dinheiro. Isto é uma asfixia à capacidade de execução dos municípios cumpridores”, constatou o Dr. Guilherme Pinto, acompanhado pelo Vice-presidente da Autarquia, Dr. Nuno Oliveira, e pelos administradores da Matosinhos Habit, Eng. Olga Maia e Dr. Paulo Coutinho.
A reabilitação urbana do parque habitacional, gerido pela empresa municipal Matosinhos Habit, permitiu, até ao momento, recuperar 293 fogos de sete conjuntos habitacionais, abrangendo 880 arrendatários. O custo foi de dois milhões e 955 mil euros. A decorrer está a intervenção nos conjuntos habitacionais de Lavra, Guarda I e II, Estação, Bairro da Caixa Têxtil, Teixeira Lopes, Fundação Salazar e Lagoa. A curto prazo, estão previstas obras em seis conjuntos habitacionais - Biquinha, Cruz de Pau, Guarda I e II, Fundação Salazar e Estação.